Outro erro apontado por auditoria custou R$ 2,3 bilhões ao usuários por uma programação de geração de energia de Belo Monte
Uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) mostrou que os consumidores pagaram R$ 5,2 bilhões a mais na conta de luz devido a erros técnicos referentes a projeções de produção de energia. Os erros foram cometidos pelo setor elétrico e pelo governo entre 2017 e 2020. A informação foi divulgada pelo Estadão, que teve acesso ao parecer da CGU concluído no mês passado.
O documento analisou o impacto da falta de chuvas e concluiu que parte dos custos cobrados dos brasileiros não estavam relacionados à crise hídrica. Do valor total desembolsado pelos consumidores em decorrência dos erros, R$ 2,22 bilhões são referentes a compensações por frustração de geração hidrelétrica, quando usinas já não produzem tudo aquilo que é anunciado.
Outro erro, custou R$ 2,3 bilhões ao usuários por uma programação de geração de energia de Belo Monte que não se confirmou, durante a etapa de motorização da usina. Assim, a energia que não foi obtida em Belo Monte teve de ser comprada em outras usinas. Os consumidores também precisaram pagar R$ 693 milhões a mais por um atraso de linhas de transmissão de energia que não entraram em operação na data prevista. Com isso, as usinas precisaram liberar água sem produzir energia.