50% dos brasileiros conhecem uma mulher que já foi agredida pelo parceiro

2015-04-10_190211

36% das mulheres entrevistadas afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência doméstica

Metade dos brasileiros conhece pessoalmente alguma mulher que sofre ou já sofreu algum tipo de agressão por parte do atual ou do antigo companheiro, aponta pesquisa Ipec, em parceria com o Instituto Patrícia Galvão e o Instituto Beja, realizada em outubro deste ano.
Apesar disso, de acordo com o levantamento, obtido com exclusividade pelo portal g1, apenas 6% dos homens admitem já terem cometido violência doméstica.
O nível de confiabilidade é de 95%, e a margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
A maioria dos brasileiros também respondeu que, após tomar conhecimento da violência, procura as vítimas para conversar, e oferece conselhos focados na segurança da mulher, como para denunciarem as agressões à polícia (53%) e terminarem o relacionamento (48%).
Por outro lado, uma minoria recomenda que as vítimas tomem atitudes para manter a relação, como para procurarem a igreja (8%) —as mulheres são as que mais dão este conselho —, mudarem o comportamento para que o companheiro não fique irritado (7%) e reconsiderarem e fazerem as pazes (6%) —os homens são os que mais falam isso.
Ainda segundo reportagem do portal g1, das 800 mulheres entrevistadas pelo Ipec, 36% afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência doméstica:
Psicológica (27%) – ameaças, humilhação, xingamentos, insultos, chantagem, proibição de encontrar amigos ou familiares, etc
Física (17%) – agressões físicas, como tapas, empurrões, etc
Moral (13%) – difamação, disseminação de mentiras, exposição da vida íntima, etc
Sexual (10%) – relações ou práticas sexuais forçadas (sem consentimento)
Patrimonial (7%) – não poder controlar o próprio dinheiro, ter objetos pessoais destruídos ou danificados, etc
55% das vítimas colocou um fim no relacionamento, e somente 1 em cada 5 denunciou o parceiro às autoridades policiais e/ou contou para um amigo ou familiar. Já 8% das mulheres agredidas não fizeram nada.