Vacinados contra Covid precisam respeitar intervalo para cirurgias eletivas

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Expectativa é que dentro de alguns meses a demanda reprimida, desse tipo de procedimento, tenha sido sanada

Com o Brasil ultrapassando mais da metade da população com o quadro vacinal completo, contra Covid-19, e, consequente, diminuição no número de pacientes internados em estado crítico, ligados à doença, as cirurgias eletivas foram retomadas em sua plenitude, na maioria dos municípios. Em Bento Gonçalves, o Hospital Tacchini realiza, em média, 250 procedimentos por semana.
Contudo, é necessário respeitar um intervalo entre a aplicação da vacina e a realização de qualquer cirurgia não urgente. Para quem se vacinou com Coronavac, o prazo é de uma semana de espera. Quem recebeu o imunizante da Pfizer precisa esperar 2 semanas. Já quem foi imunizado com vacinas da Astrazeneca e da Jansen, o prazo é de 3 semanas.
De acordo com a dra. Nicole Golin, infectologista e diretora técnica do Tacchini, a precaução é a mesma adotada em outros tipos de patologia. “Assim como uma febre ou uma virose podem levar ao cancelamento de uma cirurgia agendada, a vacinação alguns dias antes do procedimento também pode ser motivo de adiamento”, conta.
A infectologista explicou que uma das razões é a resposta inflamatória sistêmica que ocorre após a aplicação de uma vacina. “Isso pode dificultar a interpretação de febre e outros sintomas, podendo ser confundida com complicações pós-operatórias”, explica Nicole.
A realização das cirurgias eletivas, em hospitais de todo o mundo, foi diretamente afetada pela pandemia de Covid-19. Não foi diferente em Bento, sobretudo durante os períodos de pico de contágio, os procedimentos foram suspensos e as estruturas que estavam sendo utilizadas para realização dessas cirurgias foram adaptadas para receber pacientes de média e alta complexidade.
Com a diminuição do número de casos, os profissionais da saúde que trabalham no Centro Cirúrgico se reestruturaram para receber novamente a demanda reprimida de cirurgias eletivas. A ideia é que a demanda reprimida durante os 18 meses de pandemia seja sanada dentro de poucos meses e os agendamentos retomem o ritmo apresentado antes da pandemia.