Setor da construção civil é o que mais empregou em julho, em Bento

2015-04-10_190211
No mês de Julho foram abertos novos 20 postos de trabalho em Bento Gonçalves, um acréscimo de 0,05% sobre o total de empregos formais. Nesse período, os setores que mais abriram postos de trabalho foram o da Construção Civil, com 13 vagas abertas, seguido pelos Serviços, com 5 vínculos criados

Apenas 13 vagas abertas na Construção, seguido pelos Serviços, com 5 vínculos criados. O saldo acumulado no ano é de 947 vagas abertas refletem um mercado em retração

 

No mês de Julho foram abertos 20 postos de trabalho em Bento Gonçalves, um acréscimo de 0,05% sobre o total de empregos formais. Nesse período, os setores que mais abriram postos de trabalho foram o da Construção Civil, com 13 vagas abertas, seguido pelos Serviços, com 5 vínculos criados. O único setor que fechou postos de trabalho foi o da Indústria de Transformação, com 8 vínculos encerrados. O saldo acumulado no ano é de 947 vagas abertas.
Nos últimos 12 meses foram abertos 767 postos de trabalho no município, um acréscimo de 1,99%. Nesse mesmo período, os setores que mais criaram postos de trabalho foram o da Construção Civil, com 271 novas vagas, seguido pelo Comércio, com 250 novos vínculos. Os únicos setores que fecharam postos de trabalho foram o da Agropecuária e o da Extrativa Mineral, com 27 e 21 vínculos encerrados, respectivamente. O setor que obteve maior crescimento relativo no período foi o da Construção Civil, com um acréscimo de 14,77%.
De acordo com o coordenador do FGTAS/Sine de Bento Gonçalves, Sandro Castagnetti, os números apresentam dados abaixo do esperado. “Consideramos bem abaixo da normalidade se tratando de Bento Gonçalves. Algumas obras alavancaram a melhora nos índices no Setor de Construção Civil. Em algumas cidades também tiveram números positivos, índices maiores, mas se tratando de postos temporários. Conforme os dados divulgados pelo CAGED(Cadastro Geral Empregados e Desempregados)há um crescimento tímido dos percentuais de emprego. Os números são positivos conforme o (CAGED), mas pequenos perante o acumulado dos anos anteriores, marcados por demissões e fechamento de postos de trabalho”, afirma.
Ainda de acordo com Castagnetti, um dos problemas apontados pela falta de emprego tem relação com a falta de qualificação dos postulantes às vagas. “Percebemos nas relações sociais no dia-a-dia que as pessoas tem muita dificuldade de conseguir uma colocação devido principalmente a falta de qualificação. E os qualificados não estão conseguindo ascensão pois o mercado está retraído. Sendo observado em nível de educação, falta conhecimento para futuros negócios para buscar alternativas para crise”, aponta.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom-BG), Ivo Vailatti, o baixo número de empregos é um reflexo da instabilidade principalmente do setor da construção civil.
“A pesquisa reflete com a realidade da região. Lembrando que no setor da Construção Civil temos uma instabilidade, com o início e término das obras, onde existe a demissão e contratação dos trabalhadores. Cabe salientar, que com o pouco incentivo do Governo Federal quanto a questão da habitação, a demanda do setor não irá prosperar”, acredita.
Ainda segundo Vailatti, “observando não somente os trabalhadores de Bento, mas sim do Brasil, podemos salientar que com a reforma trabalhista a renda per capta teve uma diminuição, fazendo com que o poder aquisitivo dos trabalhadores diminuísse, retraindo o consumo. No Brasil hoje encontramos em torno de treze milhões de desempregados, fazendo com que a economia nacional reflita em nosso município e região”, lamenta.
No município de Farroupilha, por outro lado, foram fechados 139 postos de trabalho formais, um decréscimo de 0,57% sobre o total de vínculos. Os setores que mais fecharam postos de trabalho foram o do Comércio, com 78 desligamentos, seguido pela Indústria de Transformação, com 40 vínculos encerrados. Nesse período, os únicos setores que abriram postos de trabalho foram o da Agropecuária e o da Construção Civil, com 12 e 6 novas vagas, respectivamente. O saldo acumulado no ano é de 185 postos de trabalho abertos, um acréscimo de 0,77%. Nos últimos 12 meses foram fechados 79 postos de trabalho no município, um decréscimo de 0,33%. Nesse mesmo período, o setor de Serviços foi o que mais fechou postos de trabalho, com 105 desligamentos, seguido pela Indústria de Transformação, com 90 vínculos encerrados. Os setores que mais abriram postos de trabalho foram o da Agropecuária, com 80 novos vínculos, seguido pelo Construção Civil, com 51 novas vagas. O setor que obteve maior crescimento relativo nos últimos 12 meses foi o da Agropecuária, com um acréscimo de 10,58%.
Em Caxias do Sul foram abertos 156 postos de trabalho, um acréscimo de 0,10% sobre o total de empregos formais. Nesse mesmo período, os setores que mais abriram postos de trabalho foram o da Indústria de Transformação, com 443 novos vínculos, seguido pelos Serviços Industriais de Utilidade Pública, com 12 vagas criadas. Os setores que mais fecharam postos de trabalho foram o do Comércio, com 157 vagas encerradas, seguido pelos Serviços, com 109 vínculos a menos. No ano, foram abertos 5.322 postos de trabalho na cidade, um acréscimo de 3,58%. Nos últimos 12 meses, foram abertos 4.182 postos de trabalho em Caxias do Sul, um acréscimo de 2,80%. Neste mesmo período, o setor que mais gerou novos postos foi o da Indústria de Transformação, com 4.147 novos vínculos. Os setores que mais fecharam postos de trabalho foram o da Construção Civil, com 405 vagas encerradas, seguido pelo Comércio, com 126 vínculos fechados. O setor que obteve maior crescimento relativo no período foi o da Extrativa Mineral, com um acréscimo de 9,89%.
No último mês em Veranópolis foram abertos 27 postos de trabalho. Nesse período, o setor que mais abriu vagas foi o da Indústria de Transformação, com 27 vagas criadas, seguido pelo Comércio, com 7 vínculos a mais. O único setor que fechou postos de trabalho foi o de Serviços, com 16 vagas encerradas. O saldo acumulado no ano entre admissões e desligamentos é de 224 vínculos a mais. Nos últimos 12 meses, foram abertos 87 postos de trabalho no município. Nesse período, os setores que mais abriram postos de trabalho foram o da Indústria de Transformação, com 119 vínculos a mais, seguido pelo Comércio, com 16 vagas criadas. Os setores que mais fecharam postos de trabalho foram o de Serviços, com 41 vínculos encerrados, seguido pela Construção Civil, com 16 vagas a menos.
Uma das cidades com mais postos de trabalho aberto foi Vacaria, que teve 146 postos de trabalho abertos em julho, representando um acréscimo de 0,96% sobre o total de empregos formais. Neste período, os setores que mais abriram postos de trabalho foram o da Agropecuária, com 171 vínculos abertos, seguido pelo Serviços, com 42 vagas a mais. No período, os únicos setores que fecharam postos de trabalho foi o do Comércio e o da Construção Civil, com 71 e 1 vínculos encerrados, respectivamente. O saldo acumulado no ano é de 138 postos de trabalho fechados, um decréscimo de 0,89%. Nos últimos 12 meses foram fechados 1.333 postos de trabalho no município, um decréscimo de 8,01% sobre o total de empregos formais. Nesse período, os únicos setores que fecharam postos de trabalho foram o da Agropecuária e o da Extrativa Mineral, com 1.549 e 19 vagas encerradas, respectivamente. Os setores que mais abriram postos de trabalho foram o da Serviços, com 111 vínculos criados, seguido pelo Indústria de Transformação, com 80 novas vagas. O setor que obteve maior crescimento relativo foi o da Construção Civil, com 10%.

O cenário gaúcho
No último mês foram fechados 2.657 postos de trabalho no Rio Grande do Sul, um decréscimo de 0,10% sobre o total de empregos formais. Os setores que mais fecharam postos de trabalho foram o do Comércio, com 1.303 vagas encerradas, seguido pela Indústria de Transformação, com 589 desligamentos. Nesse período, o único setor que abriu postos de trabalho foi o da Extrativa Mineral, com 6 novos vínculos criados. O saldo acumulado no ano é de 23.648 postos de trabalho abertos. Nos últimos 12 meses, foram abertos 15.240 postos de trabalho no Estado, um acréscimo de 0,60%. O setor que mais abriu postos de trabalho foi o de Serviços, com 12.032 novos vínculos, seguido pela Indústria de Transformação, com 4.123 vagas criadas. Nesse mesmo período, os setores que mais fecharam postos de trabalho foram o da Agropecuária, com 2.761 vagas encerradas, seguido pelos Administração Pública, com 899 vínculos a menos. O setor que obteve maior crescimento relativo no período foi o de Serviços, com um acréscimo de 1,22%.

Números nacionais
No Brasil foram abertos 47.319 postos de trabalho, um acréscimo de 0,12% sobre o total de empregos formais. Nesse mesmo período, os setores que mais abriram postos de trabalho foram o da Agropecuária, com 17.455 vínculos criados, seguido pelos Serviços, com 14.548 vagas a mais. Os únicos setores que fecharam postos de trabalho foram o da Administração Pública e o do Comércio, com 1.528 e 249 vínculos encerrados, respectivamente. O saldo acumulado no ano é de 448.263 novas admissões. Nos últimos 12 meses, foram abertos 286.121 empregos no país, um acréscimo de 0,75% sobre o total de empregos formais. Nesse período, os setores que mais abriram postos de trabalho foram o de Serviços, com 248.481 vagas criadas, seguido pelo Comércio, com 55.660 novos vínculos. Os setores que mais fecharam postos de trabalho foram o da Construção Civil, com 23.038 vínculos encerrados, seguido pela Administração Pública, com 7.328 postos fechados. O setor que obteve maior crescimento relativo no período foi o de Serviços, com um acréscimo de 1,48%.

Taxa de desemprego no Brasil
A taxa de desemprego recuou para 12,4% no segundo trimestre, ante 13,1% nos três meses anteriores. Embora o indicador sugira melhora no mercado de trabalho, especialistas alertam que o cenário ainda é de ritmo fraco.

Recorde de brasileiros fora do mercado
O número de brasileiros que não está trabalhando e nem procurando vagas aumentou para 65,6 milhões, o maior patamar da série histórica. Em um trimestre, a alta foi de 774 mil pessoas, ou 1,2%. O aumento é sinal de que parte dos que não conseguiram se colocar no mercado desistiram, mas também reflete a dificuldade de jovens de conseguir o primeiro emprego, por exemplo.

40% dos trabalhadores na informalidade
O percentual de trabalhadores ligados à informalidade aumentou no segundo trimestre, na comparação com igual período do ano passado. Segundo análise do IBGE, 37,060 milhões de brasileiros estavam em atividades como trabalho por conta própria e emprego sem carteira. Esse número representa 40,6% da população ocupada no período.

 

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom-BG), Ivo Vailatti,
Coordenador do FGTAS/Sine de Bento Gonçalves, Sandro Castagnetti