Rio Grande do Sul registra chuva de meteoros

2015-04-10_190211

Veja as belas imagens do fotógrafo Gabriel Zaparolli    

Os cientistas especializados garantem que a chuva de meteoros Tau-Herculídeas cumpriu com as expectativas de ser de grandes proporções e explicam que o fato de muita gente não ter visto um sequer não significa que os cálculos estivessem errados, mas no Brasil e em todo o mundo o fenômeno pôde ser observado e com belas imagens, inclusive aqui no Rio Grande do Sul.

Em vários estados, a observação dos meteoros decepcionou quem esperava ver uma quantidade enorme de rastros no céu. Em alguns locais, quem madrugou não viu quase nada, como foi o caso do Distrito Federal.

Era previsto um primeiro surto e menos intenso por volta da 0h11 (horário de Brasília) de hoje, quando a Terra atravessou as trilhas de detritos deixadas pelo Cometa 73P/Schwassmann-Wachmann em 1892 e em 1941. Neste instante, eram esperados até 50 meteoros por hora. O segundo e mais intenso surto deveria ocorrer no momento em que a Terra atingisse a densa trilha lançada pela ruptura de 1995.

No Rio Grande do Sul, o fotógrafo que se especializou em astrofotografia Gabriel Zaparolli, de Torres, no Litoral Norte, madrugou e conseguiu registrar belas imagens da chuva de meteoros de Tau-Herculídeas, embora afirme que tenha ficado abaixo das expectativas.

Na Grande Porto Alegre, imagens captadas pelo Observatório Espacial Heller & Jung mostraram a queda de um meteoro no Rio Grande do Sul. O corpo rochoso ingressou na atmosfera a uma altitude de 88,3 quilômetros, com uma passagem que durou 9,96 segundos – maior tempo contabilizado em 2022 no Estado.Segundo o professor Carlos Jung, o registro foi feito durante a chuva de meteoros Tau Herculídeas, por duas câmaras do Observatório, uma localizada em Porto Alegre no Bairro Petrópolis e outra em Taquara. Após ingressar na atmosfera, o corpo rochoso se extinguiu sobre o oceano.

A Tau-Herculídeas é uma chuva formada por fragmentos do cometa SW 3, que foi observado pela primeira vez em 1930. Ele leva 5,4 anos para orbitar o Sol, só que, ao longo de suas viagens ao redor de nosso astro, o cometa se desintegrou em diversas partes. Em 2006, astrônomos descobriram que ele havia se fragmentado em quase 70 pedaços.