Prepare-se para entrar na dieta forçada

2015-04-10_190211

Sindipan estima alta de 15% a 20% no valor do pão ainda em janeiro

Não só o pão nosso de cada dia, mas também a macarronada, o xis e tudo mais que levar derivados de trigo de trigo na sua composição. É o ano começou com os “reajustes”e seu bolso vai pagar a conta!
O Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e de Massas Alimentícias e Biscoitos do Rio Grande do Sul (Sindipan) estima alta na ordem de 15% a 20% ainda em janeiro.
Já nos últimos 12 meses tivemos um aumento da farinha de trigo de 50%. Ainda teve uma alta forte nos produtos derivados de soja. A garrafa de óleo de cozinha que custava 2 reais agora custa 8. Todas as margarinas aumentaram na faixa de 100%. Embalagens dobraram de preço e muitas delas diminuiram no conteúdo ( Você notou como as barras de chocolates diminuíram de tamanho?). Energia teve aumento de 47%. Dissídio teve um valor mais elevado este ano, de 11%.

Somando ainda o valor do frete, e custos específicos dependendo da característica da atividade, como para quem faz congelamento de pães, mercado que está crescendo, o gás refrigerante teve um aumento de 300 reais a garrafa de 5 quilos, para R$ 2,7 mil, que é um produto que vem da China.
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Apesar da conjuntura econômica pressionar os preços, para o Sindipan há sim um ator principal que deu volume ao reajuste iminente. O trigo é uma parte do problema, mas uma grande parte. De maneira geral, aumentou a procura mundial pelo trigo e os custos de produção, devido à alta no preço dos fertilizantes e defensivos.

Com isso, a exportação se tornou atrativa para produtores gaúchos, com mais de 1,5 milhão de tonelada vendida para fora, o que elevou os preços no mercado interno. Soma-se a isso a dependência do Estado e do País do produto argentino, que bateu recorde de preço, além o câmbio desfavorável no Brasil.

O Rio Grande do Sul não é autossuficientes na produção de trigo, nem o País. O trigo é importado da Argentina, onde a tonelada do trigo, pela primeira vez, ultrapassou a barreira dos R$ 2 mil. O que custava 200 dólares, hoje está entre 280 e 300 dólares, mas chega a 350 no Brasil por causa das taxas do governo argentino. Com o câmbio a R$ 5,70, um pouco mais, o país pode atingir o recorde.

Na padaria, aumento é questão de tempo
A farinha teve um aumento histórico. O repasse nos produtos deve ficar em torno de 10% agora em janeiro e estão sinalizando que deve subir mais um pouco em fevereiro.

O trigo colabora expressivamente para o tamanho do reajuste, mas não é a única causa. De maneira geral, todos os insumos e custos fixos subiram, como a energia elétrica. Teve a queda do ICMS, mas aumentou o quilowatt. É inevitável que exista este movimento de repassar ao consumidor. Infelizmente, porque a população já está com orçamento apertado até para se alimentar.