Prefeito comemora pagamento de salário aos servidores, mas não cumpre com a lei da trimestralidade

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O Executivo realiza mais um pagamento da folha aos servidores públicos sem o repasse da trimestralidade, ficando, assim, dois meses em atraso. “O Prefeito descumpre a própria lei e pelo segundo mês consecutivo não paga a trimestralidade de 0,55%. Esse não é o respeito que o gestor disse ter com cada um dos servidores públicos e nem o reconhecimento pelo trabalho realizado. O Sindiserp já está tomando as devidas providências para que o reajuste seja integralizado ao salário, conforme rege a Lei Municipal N°5926, de 23 de Abril de 2015”, destaca a Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Neilene Lunelli.
O Sindiserp já havia enviado um ofício ao Executivo, no dia 29 de outubro, solicitando audiência com Prefeito Guilherme Pasin para tratar do repasse da trimestralidade, que deveria ter sido pago neste mês de outubro. No dia 07 de novembro, em reunião com Prefeito e Secretários, a diretoria do Sindiserp solicitou informações sobre o atraso no repasse e uma previsão de pagamento e foi informada que a entidade seria comunicada quando o Executivo realizasse o repasse. “Mas ainda não tivemos nenhuma resposta do Prefeito se o aumento de 0,55% foi encaminhado para votação na Câmara de Vereadores, pois deveria integrar o salário pago no mês de outubro. Inclusive, acredito que o Procurador do Município, ao invés de ficar perdendo tempo em comentar nas redes sociais sobre o mérito de pagar em dia, o que é obrigação do Executivo, se concentrasse em orientar o Prefeito a cumprir uma lei que ele mesmo criou” comenta a Presidente do Sindiserp.
O Sindicato estará encaminhando essa semana mais um ofício ao Prefeito Guilherme Pasin, solicitando uma posição quanto ao repasse da trimestralidade que está dois meses atrasado.

Ganho real
O Sindiserp também solicitou ao Executivo um reajuste com ganho real para o funcionalismo e não apenas o repasse da inflação. A reposição salarial pela Lei da Trimestralidade garantiu um aumento de 1,63% em 2017 e fechará este ano com 3,92%, se for pago o índice do último trimestre, que está em atraso. “Para 2019 solicitamos que o Executivo conceda um aumento real de 2%, além da reposição prevista na lei da trimestralidade. Consideramos esse percentual com base em estudo e análise dos números da Lei Orçamentária Anual (LOA), sem prejuízo a outras demandas que também são de grande relevância. Até o momento não recebemos nenhuma resposta. Mas acreditamos na força da nossa luta junto aos servidores e que a valorização da classe também é uma meta do Executivo”, ressalta Neilene Lunelli.