Na primeira semana de funcionamento pleno, o Pix registrou 12,2 milhões de transações que somaram R$ 9,3 bilhões. Além disso, havia 83,5 milhões de chaves cadastradas no novo sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central (BC) até domingo. Ao todo, 34,5 milhões de pessoas físicas e 2,2 milhões de pessoas jurídicas se cadastraram no sistema.
Os números foram divulgados na manhã desta terça-feira pelo chefe do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Ângelo Duarte, que fez um balanço da primeira semana de funcionamento pleno do Pix em entrevista coletiva.”A primeira semana de operações completas foi bastante positiva”, disse, destacando que o número de transações atingiu “patamar bastante elevado” desde o primeiro dia. Outro ponto positivo foi que “não houve grandes intercorrências” desde então, mesmo com “milhões de usuários” aderindo ao Pix logo na estreia.
Desde meados de outubro, quando foi iniciado o cadastro, já houve portabilidade de 4,3 milhões de chaves de uma instituição financeira para a outra.
“A pessoa foi identificando que queria usar a chave em outra instituição”, por isso ligou à chave a essa segunda instituição, disse o chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC, Carlos Eduardo Brandt. “Não significa que a pessoa necessariamente encerrou a conta em uma [primeira] instituição.” O número de operações, por sua vez, vem crescendo desde a semana passada, mas o volume financeiro mostra alta ainda maior. Isso significa, segundo a equipe do BC, que o tíquete médio das transferências tem aumentando. Em um primeiro momento, houve “predominância de transações” entre pessoas físicas, de acordo com Brandt. “Mas gradativamente veremos crescimento das transações feitas no comércio”, disse. Já o volume de operações rejeitadas recuou “significativamente ao longo da primeira semana”.Por fim, a autoridade monetária garantiu que o sistema está pronto para lidar com um possível aumento de demanda causado pela Black Friday. “Havendo adoção por parte das pessoas e empresas, com o aumento que for, o Banco Central está preparado para lidar”, afirmou.