O Brasil será a sétima economia do mundo com maiores gastos relacionados à obesidade no ano de 2060, mantidas as atuais condições.
De acordo com as projeções divulgadas em um estudo publicado nesta semana na revista científica BMJ Global Health, o percentual de pessoas obesas ou com sobrepeso no Brasil deverá chegar a 88,1% em 2060 causando em um impacto econômico de US$ 218,2 bilhões, ou cerca de R$ 1,3 trilhão.
Pesquisadores estimam que esse montante representará 4,7% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2060, o 48º maior percentual entre os países analisados.
O cálculo leva em conta tanto gastos médicos diretos quanto os resultantes do processo de buscar cuidados de saúde, como o custo de viagens para pacientes e acompanhantes.
Também inclui perdas econômicas resultantes de mortes prematuras, dias de trabalho perdidos e queda de produtividade devido a problemas de saúde relacionados ao excesso de peso.
O estudo mostrou ainda que em 2019 a prevalência de sobrepeso e obesidade no país gerou impacto econômico de US$ 37,1 bilhões, cerca de R$ 190,5 bilhões, o décimo maior entre 161 países; ou 1,98% do PIB.