Estudo com nanopartículas apresentou resultados animadores para combater a aterosclerose, doença caracteriza pelo entupimento das artérias
Pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan e da Universidade Stanford estão desenvolvendo um método para combater a aterosclerose, doença caracteriza pelo entupimento das artérias devido a formação de placas de gordura.
Usando nanopartículas mais finas que um fio de cabelo humano, carregadas com um medicamento capaz de ativar células imunológicas, os pesquisadores conseguiram tratar a aterosclerose em porcos.
As nanopartículas conseguiram reativar um processo do sistema imunológico chamado eferocitose, que elimina as células mortas ou danificadas que contribuem para a formação das placas de gordura nas artérias.
O tratamento com nanopartículas não resultou em danos colaterais perceptíveis dentro das artérias. Potencialmente, esse método de limpeza poderia destruir células saudáveis do sangue, levando à anemia – o que não ocorreu. As nanopartículas foram certeiras em dissolver as placas de gordura que atrapalhavam o fluxo sanguíneo.
A pesquisa foi publicada em 13 de setembro na revista Nature Communications e é importante pois a aterosclerose representa o fator de risco mais importante para infartos e AVCs (acidentes vasculares cerebrais).
Os pesquisadores pretendem continuar com os estudos para desenvolver um tratamento que possa ser usado em pacientes com a doença.
Infartos e AVCs
Levantamento recente do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) mostra que, entre 2008 e 2022, o número de internações por infarto aumentou no Brasil. Entre os homens, a média mensal passou de 5.282 para 13.645, alta de 158%. Entre as mulheres, a média passou de 1.930 para 4.973, aumento de 157%.
No ano de 2024, até o mês de agosto, segundo dados dos registros de atestados de óbitos, 50.133 brasileiros morreram por AVC no Brasil.