Eu não sei se te contaram, mas seus pensamentos mentem para você e, provavelmente, muitos dos seus problemas se resolveriam se você já tivesse aprendido isso. Certamente já aconteceu de você avaliar uma situação de forma distorcida e perceber só depois que as coisas na verdade, eram de outro jeito. São nossos pensamentos pregando peças em nós. Esses pensamentos costumam ser falhas na interpretação da realidade e nos causam problemas gigantescos, que poderiam ser facilmente evitados se nós tivéssemos o hábito de nos questionar: mas será que esse pensamento é um fato?
Muitas vezes temos pensamentos disfuncionais. Todos nós, sem exceção. Eles surgem como uma interpretação negativa e distorcida da realidade. Ocorre um processamento errado de informações, acontecimentos, conversas e outras situações e isso faz com que apresentemos uma visão parcial dos fatos, interpretando de uma maneira que não condiz com a realidade ou temos uma conclusão baseada em dados incompletos ou mentirosos. Normalmente, esses pensamentos não tem benefícios, não contribuem com nada e ainda geram desconforto. Alguns exemplos desses pensamentos são: “se eu fizer isso, vai dar errado”; “ninguém gosta de mim”; “se não der certo, significa que eu sou um fracasso”; “eu nunca vou ser feliz”; “fulano está sem falar comigo há algumas horas, deve estar me enganando”. O problema com esses pensamentos é que muitas vezes transformamos eles em fatos e não enxergamos mais a realidade como ela é, e sim como a interpretamos. Como resultado disso temos casais com brigas motivadas por pensamentos irreais, pessoas frustradas com a vida profissional e diversas desistências de atividades que temos capacidade para fazer. Essa visão distorcida já traz bastante sofrimento para pessoas sem diagnóstico e se torna ainda mais delicada para quem sofre de algum transtorno.
Por isso, é muito importante aprendermos a diferenciar o que é uma interpretação (em forma de pensamento) e o que é a realidade de fato. Que bom que nossas loucuras se parecem e alguém já descobriu como é possível testar a veracidade dos nossos pensamentos, não é? Aqui vão cinco perguntas que você pode se fazer quando um pensamento intrusivo aparecer: “meu pensamento é um fato ou uma interpretação?” nossas interpretações são baseadas na nossa história de vida, no humor do momento, então antes de chegar a uma conclusão, se atente aos fatos concretos. “Que evidências eu tenho de que o que eu estou pensando é real?” que provas concretas da realidade você tem que sustam a ideia de que esse pensamento é verdadeiro? E quais fatos apontam que não é real? E qual dos dois faz mais sentido para você? “Existe outra forma de ver essa situação?” tente dar o benefício da dúvida, talvez haja outra explicação que você não esteja vendo no momento. “O que você diria a um amigo se ele estivesse pensando isso?” isso permite nos afastarmos da situação para vê-la com mais clareza, pois normalmente não aconselharíamos um amigo a ser impulsivo, mas sim a avaliar a situação com calma, e o mesmo serve para nós.
Então, que tal começarmos a verificar nossos pensamentos antes de tomá-los como verdade absoluta? Espero que isso te apoie na tarefa de estar mais consciente e conectado(a) consigo mesmo(a).
Não acredite em tudo o que você pensa
