Ministro do Trabalho diz que ‘está na hora’ de o Brasil debater a semana de 4 dias

2015-04-10_190211

Semana de trabalho reduzida tem sido testada por empresas de diferentes países, incluindo o Brasil

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu que o país inicie um debate sobre a adoção ou não da semana de trabalho com quatro dias úteis, ao invés de cinco. Nesta segunda-feira (9), ele foi questionado sobre o tema em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado.

“Eu creio que a sociedade brasileira está na hora sim [de debater] e o palco é o Congresso Nacional, que deve se debruçar sobre isso”.

Marinho afirma que não chegou a tratar do tema com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas indica que o mandatário não seria contrário a um possível avanço da discussão. Além disso, para o ministro, a economia “suportaria” o modelo.

“Não tratei disso com o presidente Lula. É a minha opinião, não de governo. Mas tenho certeza que o presidente Lula não iria bloquear um debate, em que a sociedade reivindique que o parlamento analise a possibilidade de redução da jornada de trabalho sem redução dos salários, evidentemente. Eu acho que a economia brasileira suportaria”, disse.

Luiz Marinho complementou afirmando que se há debates sobre novas tecnologias, como a inteligência artificial, “é necessário que se pense a jornada” de trabalho.

A semana com quatro dias úteis tem sido testada por empresas de diferentes países do mundo, sobretudo na Europa. Recentemente, algumas empresas brasileiras também aderiram aos experimentos.

Defensores do modelo acreditam que apesar de reduzir um dia de trabalho, ele aumenta a produtividade dos trabalhadores, com menos riscos à saúde dos empregados.