Ministério de Minas e Energia pede a retomada do horário de verão

2015-04-10_190211

Afinal, o horário de verão realmente economiza energia?

O horário de verão é um velho conhecido da população brasileira. Conhecida por ajudar na economia de energia elétrica, a medida foi extinta em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro, só que em agosto deste ano o Ministério de Minas e Energia (MME) pediu pelo retorno da iniciativa, que agora deve ser analisada pelo presidente.

A medida, normalmente adotada nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, costuma causar uma divisão de opiniões na população brasileira. Alguns gostam de saírem do trabalho e ainda poderem contar com a luz do sol iluminando as ruas. Outros, por outro lado, desgostam de adiantar o relógio em uma hora e acordar mais cedo do que o normal.

A disputa de opiniões, no entanto, normalmente não toca no fato da economia de energia, motivo pelo qual o horário de verão foi inicialmente proposto. A ideia é simples, aproveitar os dias mais longos do verão para iniciar as atividades econômicas antes, e terminá-las enquanto ainda há luz solar, de modo que se use menos lâmpadas para iluminação. Mas afinal, será que o horário de verão realmente economiza energia?

Segundo um estudo deste ano do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que coordena e controla a operação das instalações que geral eletricidade no país, não encontrou benefícios à economia de energia, fazendo com que a decisão do horário de verão se torne uma cultural, ao invés de econômica.

A ausência de economia pode ser explicada por causa do avanço das tecnologias e nos hábitos do consumidor. Tanto as lâmpadas elétricas se tornaram mais eficientes, como hoje em dia há outros aparelhos que não existiam em 1931, época em que a medida foi adotada no Brasil. Hoje em dia muita da eletricidade de uma casa é consumida por dispositivos que não servem para iluminação, e sim com afazeres domésticos, trabalhistas ou de entretenimento.