Juros de cheque especial teve alta de 9,6% este ano

2015-04-10_190211

De acordo com os dados divulgados pelo Banco Central no final da última semana, a taxa de juros do cheque especial, subiu 1,3% no mês de junho, chegando a 322,2% ao ano. O crescimento registrado neste ano é de 9,6%.
Para Fernando Rocha, o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, a alta dos juros do cheque especial se deve a alta provocada por um banco em relação a taxa, o que aumentou a média.
O especialista faz um alerta: “O cheque especial é uma modalidade a ser evitada, caso as pessoas consigam outra fonte de financiamento. É uma modalidade emergencial, cujos custos são muito altos. A taxa do cheque especial é 14 vezes maior do que o consignado”.
Em 2018, as regras de utilização do cheque especial foram alteradas, atualmente, os correntistas que utilizam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias seguidos, passaram a receber a oferta de um parcelamento. A taxa de juros desse parcelamento é menos que a do cheque especial definida pela instituição financeira.
Para aqueles correntistas que pagam pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 277,2 % ao ano em junho, recuo de 2,7 pontos percentuais em relação a maio.
A taxa cobrada aos clientes que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura, teve um aumento de 2,4 pontos percentuais, indo para 316,4% ao ano.
O crédito utilizado pelo consumidor que paga menos que o valor integral da fatura do cartão de crédito é chamado de rotativo, que dura 30 dias. Ao final desse prazo, é feito o parcelamento da dívida pelas instituições financeiras.
No primeiro semestre de 2018, o Conselho Monetário Nacional – CMN, definiu que clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passem a pagar a mesma taxa de juros dos consumidores regulares.
Entretanto, mesmo com a definição do CMn, a taxa final cobrada de adimplentes e inadimplentes, não será igual já que os bancos podem acrescentar à cobrança os juros pelo atraso e multa.
Para os parcelamentos das compras com cartão de crédito, a taxa de 175,6% ao ano em junho, com aumento de 1,5 ponto percentual.

Saldo dos
empréstimos
No mês de junho, os empréstimos concedidos em todos os bancos aumentaram 0,4% em relação ao mês de maio, representando para este semestre uma alta de 1,2% e de 5,1% nos últimos 12 meses.
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirma que: “O nível de desemprego é elevado no Brasil, mas a taxa de variação desse desemprego é de uma redução. Uma das modalidades de crédito para as famílias que têm crescido mais é o consignado. Outra modalidade que vem crescendo é o financiamento imobiliário”.