Inova Bento encerra o ano com dicas para potencializar a inovação nos negócios

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Última palestra de 2023 reuniu o consultor de Marketing Guilherme Piletti e o CEO da Atria, Matheus Paixão

O Inova Bento encerrou sua agenda de conteúdos do ano compartilhando dicas para iniciar 2024 com maior capacidade de inovação em encontro realizado na manhã de 19 de dezembro, O consultor de Marketing e ex-sócio da Perestroika Guilherme Piletti e pelo CEO da Atria Design e Inovação, Matheus Paixão,  conduziram o bate-papo sobre  criatividade e inovação proposto na interação com o público, que recebeu post-its no início da palestra para destacar  os temas de interesse

 Um dos temas mais debatidos foi a máxima “pensar fora da caixa”. “Quero fazer uma contestação. Entendo que existe essa preocupação de pensar diferente, mas a expressão é um tanto prejudicial para a criatividade, porque não é possível sair da nossa própria caixa. Essa ideia traz a noção de que, em algum momento, vamos acessar alguma coisa que está fora, quando na verdade nada do que a gente vai ter como recurso criativo vai estar fora. Tudo é parte da nossa caixa”, disse Piletti.

Para ele, a criatividade depende, basicamente, de três aspectos –repertório, conexão e problema – e acontece sempre. “Criatividade é tomada de decisão, ela sempre parte de uma situação que vai exigir que tenhamos um tipo de pensamento, ela não acontece só quando estamos nos nossos melhores dias. Para resolver o que precisamos resolver, só conseguimos através do nosso repertório pessoal e da conexão delas. Nós não acessamos conhecimento que não temos. Por isso, a gente não sai da caixa, o que podemos fazer é melhorar ela”, opinou.

Os temas da conversa também passaram por encontrar soluções de problemas, destacando a importância do design thinking. “Para entender, precisamos analisar, e isso significa abrir o problema, e vou trazendo questões, mesmo que não pareça fazer sentido. Não se julga a fase de análise, porque é a fase mais criativa, e mesmo que seja algo que esteja muito longe, já estimula a gente a pensar em outras coisas. Depois que vamos para uma base de fechamento, a excluir o que está sobrando, a colocar orçamento, fazer a síntese. Assim, todo grupo trabalha com a mesma perspectiva”, disse.

 Piletti destacou que a maioria das pessoas tende a pensar a inovação como algo disruptivo, quando na verdade isso é mais incomum. O mais corriqueiro é que haja inovação incremental. “São pequenas inovações, é entender que, às vezes, nós não vamos transformar o modelo de negócios, não vamos mudar tudo, vou criar coisas que incrementem o que eu estou fazendo”, disse.

A discussão também abrangeu o questionamento sobre iniciar um negócio. “Precisamos nos apaixonar pelo problema, não pela ideia”, disse Paixão. “Nós temos a tendência de achar que a nossa ideia vai ser a ideia da década, e o que percebemos é que as ideias vão mudando, mas o problema se mantém lá, e se apaixonando pelo problema tu vais ter várias ideias no decorrer do processo”, continuou. Piletti destacou que o estágio do mínimo produto viável  é fundamental. “Aqui é quando a gente sai da zona de conforto. Ter uma boa ideia não vale nada até dar esse passo, de começar a experimentar essa ideia. No MVP começa a zona de inovação, porque começo a ver se isso vai ter público, se tem adesão, se o mercado paga por aquilo. É o mercado que tem que dizer se tua ideia é boa ou não, não você”, disse o ex-sócio da Perestroika.