Centenas de relatos acenderam o alerta e o órgão regulador para medicamentos dos Estados Unidos, o DFA, analisa as possibilidades de autoagressão
Foram contabilizados mais de 250 relatos enviados à FDA, a agência reguladora de medicamentos dos EUA, descrevendo pacientes que tiveram pensamentos ou comportamentos suicidas ao tomar este ou medicamentos similares desde 2010.
Foram examinados detalhadamente muitos desses relatos, e frequentemente eles descrevem sintomas que surgiram após o início do medicamento ou o aumento da dose e cessaram após a interrupção do tratamento.
Em entrevistas disseram que ficaram assustados ao experimentar impulsos para se matar causando acidentes de carro.
Relatos como esses chamaram a atenção de especialistas, que afirmam que eles merecem uma análise mais rigorosa.
Essas drogas fazem parte de um mercado explosivo de novos remédios para perda de peso, que capturou a atenção do público e despertou grande interesse nas redes sociais.
Em julho, reguladores de saúde europeus e do Reino Unido anunciaram que haviam iniciado revisões de segurança desses medicamentos e seu risco de suicídio.
Em comunicado o Novo Nordisk, fabricante de Ozempic e Wegovy — o mesmo princípio ativo, mas em regimes de doses diferentes —, disse que a empresa leva esses relatos a sério e permanece confiante no perfil de benefício e risco desses produtos.
O monitoramento de segurança da Novo diz que não encontrou associação causal entre esses medicamentos e pensamentos de autoagressão.