Indústria impulsiona crescimento de empregos em Bento Gonçalves

2015-04-10_190211

O Observatório de Economia do CIC-BG mostra que julho teve saldo positivo de vagas pela primeira vez desde fevereiro

Depois de quatro meses consecutivos com registros negativos de emprego entre março e junho, o mês de julho apresentou alta, indicando um cenário de melhora para a economia tanto no país, quanto no Estado e no município. Em Bento Gonçalves, a chegada do segundo semestre trouxe, no saldo geral entre admitidos e demitido, a criação de 228 postos de trabalho. A indústria foi a grande responsável pela ascensão.

Segundo os dados do Novo Caged analisados pelo Observatório da Economia do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (OECON/CIC-BG), o segmento criou 342 vagas – quase sete vezes mais do que em junho, quando a principal força econômica da cidade já havia fechado com 44 vagas positivas. “É uma recuperação mais rápida do que esperávamos”, comemora o presidente da entidade, Rogério Capoani.

Para ele, os dados demonstram uma constância no trabalho, viabilizada pelo fim do abre e fecha dos setores produtivos. “Com a indústria, que é o alicerce de nossa economia, se recuperando, os setores do comércio e dos serviços vêm junto. O trabalho contínuo, sem interrupções, mantém a produção equilibrada e constante, o que é fundamental para termos mais contratações e menos desligamentos”, diz o dirigente.

O setor moveleiro foi o principal motor da indústria, com um saldo positivo de 160 contratações, seguido pelo segmento de produção de borrachas e plástico, com 85. “Isso indica um sinal de retomada da economia a partir da indústria”, observa um dos integrantes do OECON, o professor da UCS Fabiano Larentis.

Além da indústria, a construção civil registrou saldo positivo de 12. Por outro lado, comércio e serviços registraram saldos negativos, com -30 e -96, respectivamente. “No acumulado de março a julho, são 2.075 empregos a menos, mas já representa uma melhora de 10% na comparação com o saldo de março a junho (-2.303)”, diz Larentis.

Entre as 10 atividades econômicas com maiores saldos positivos e negativos de admitidos e desligados entre janeiro e julho, o acumulado negativo de -895 teve contribuição principalmente de serviços de alojamento (-243), alimentação (-212) e comércio varejista (-151). Já o saldo positivo no período (169) teve relação majoritariamente pelas contratações das empresas de produtos de metal (65), de borracha e plástico (30) e de manutenção de equipamentos (23).