Falta de mão de obra qualificada preocupa em Bento

2015-04-10_190211

Pesquisa divulgada pelo CIC/BG aponta principais gargalos dos setores econômicos

O Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG) e o projeto Bento+20 apresentaram pesquisa sobre qualificação profissional em Bento Gonçalves, com foco em suprir as carências dos segmentos econômicos nessa área. A pesquisa realizada com a participação de mais de 220 empresas comprovou uma percepção já conhecida nas organizações: 86% delas afirmaram ter problemas com falta de mão de obra qualificada.

Há vagas disponíveis e, na outra ponta, pessoas querendo trabalhar. Porém, o que impede o sucesso dessa conexão, muitas vezes, é a falta de qualificação específica para que os profissionais consigam se enquadrar nas oportunidades existentes. O resultado impõe um desafio às empresas, entidades representativas, escolas, universidades e ao poder público: trabalhar de forma combinada para viabilizar uma solução real e integrada à demanda.

Realizado com apoio da Universidade de Caxias do Sul (UCS), o estudo contou também com a participação de entidades de classe para mapear cada segmento da indústria, do comércio e dos serviços.

No setor moveleiro, por exemplo, apareceram como maiores carências profissionais de auxiliar de produção (17%), assistente/analista comercial (16%) e supervisor/gerente industrial (19%). Considerando a indústria como um todo, essas últimas duas posições também aparecem como necessidades de todos os clusters nas áreas administrativa e de gestão, com 14% e 15%, respectivamente.

Na área operacional, a que mais apareceu foi assistente/analista de sistemas e TI, com 6%. Já entre todos os postos de trabalho das indústrias, as principais funções requisitadas são auxiliar de produção (13,7%), operador de máquina (9%) e assistente/analista comercial (8,8%). Para o futuro, auxiliar de produção também lidera, com 6,85%, seguido de analista de TI (5,94%) e operador de máquina (4,57%).

Para o comércio, a falta de vendedores qualificados é a principal demanda, tanto para o momento atual quanto para futuro. O que muda é a proporção. Hoje, essa é uma necessidade para 23,3% dos 31 estabelecimentos consultados, enquanto para o futuro essa preocupação foi apontada por 31,6% das empresas.

No segmento de serviços, de maneira geral, a maior carência apresentada pelo setor diz respeito à analista de sistema e TI (5,8%), seguida de supervisor/gerente de operações (5,1%) e de recepcionista/atendente (4,5%). Para o futuro, o cargo de analista de sistema também aparece como maior preocupação, com 6,3% dos casos.

Outros dados da pesquisa

– A maior parte das empresas participantes é do setor de serviços, com 46%. Indústria aparece com 40% e comércio, 14%

– O segmento que relatou mais dificuldade com mão de obra foi a indústria. Das 90 empresas que responderam à pesquisa, 93% apontaram o problema

– Das 223 empresas participantes, a maior parte (32,7%) tem entre 20 e 99 funcionários