Estresse crônico e dieta calórica levam à comilança incontrolável

2015-04-10_190211

Pesquisadores australianos descobriram que a combinação entre estresse e dieta calórica inativa área que interrompe o circuito de recompensa, levando o indivíduo a sempre querer mais

Pesquisadores do Instituto Garvan, na Austrália, identificaram um mecanismo cerebral que leva à ingestão excessiva de alimentos quando combinado com estresse e uma dieta rica em calorias. O estudo, co-autorado por Kenny Chi Kin Ip, foca em uma área do cérebro que regula a sensação de recompensa e saciedade.

Quando essa área está ativa, o cérebro sinaliza que é hora de parar de comer. No entanto, em camundongos cronicamente estressados, essa região do cérebro fica silenciada, desencadeando um consumo descontrolado de alimentos.

A pesquisa também apontou para a molécula NPY, produzida naturalmente pelo cérebro em resposta ao estresse, como a principal responsável por essa inativação. Quando os cientistas bloquearam a ação da NPY, os camundongos estressados e com dieta calórica reduziram a ingestão de alimentos.

Este estudo oferece novas perspectivas para o tratamento da obesidade e dos transtornos alimentares relacionados ao estresse.