Estado anuncia medidas emergenciais para conter avanço da estiagem

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Principais medidas tangem o fornecimento de sementes e o fortalecimento de rebanhos

Em reunião que contou com a participação do governador, Eduardo Leite, e da secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, ficou definida uma série de medidas emergenciais a serem adotadas nas regiões gaúchas afetadas pelos efeitos da estiagem. Até o momento, 123 municípios decretaram situação de emergência – 15 já tiveram a situação homologada pelo Estado e 11, reconhecida pelo governo federal. As principais regiões atingidas são Norte e Nordeste.

Para conter os efeitos da falta de chuvas e visando o aumento da oferta de alimentos para o rebanho, assim que o clima permitir a implantação das pastagens, o governador deu aval para a ampliação do programa Sementes Forrageiras, cujo prazo para manifestação de interesse foi prorrogado até 15 de janeiro.

O Estado também ampliará o subsídio para o programa Troca-Troca de Semente de Milho da safra 2021/2022 aos produtores que estão em municípios que decretaram situação de emergência. O detalhamento do repasse dos valores ainda será discutido entre a Seapdr e a Secretaria da Fazenda (Sefaz).

Demais medidas

No começo de dezembro, o governo do Estado anunciou o programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural, com aporte de R$ 275,9 milhões. É o dobro do que já foi investido no setor nos últimos dez anos. Para a qualificação da irrigação, serão investidos R$ 201,42 milhões. Há, ainda, previsão de investimentos no fortalecimento da agricultura familiar (R$ 35,34 milhões) e melhorias nos acessos às propriedades para facilitar o escoamento da produção agropecuária (R$ 39,15 milhões). Os recursos para irrigação devem ser liberados em breve.

O governador solicitou à Seapdr que estude as condições pelas quais o Estado poderia subsidiar as taxas de juros nas linhas de crédito rural, junto ao Banrisul, contratadas pelos produtores de leite, muito impactados pela falta de chuva. Levantamento da Emater/RS-Ascar apontou que 1,6 milhão de litros de leite estão deixando de ser captados por dia no Estado.

Por fim, a Defesa Civil está encarregada de elaborar uma estratégia para disponibilizar caminhões-pipa que transportem água, especialmente para o consumo humano e de animais.