Conta de luz deve fica quase 20% mais cara em 2022

2015-04-10_190211

Aneel avalia medidas para reduzir impacto a menos de dois dígitos
Cálculos preliminares da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) preveem que as contas de luz podem subir, em média, 16,68% no próximo ano, principalmente por conta da crise hídrica, que atinge as principais hidrelétricas do país. Para evitar que as contas disparem, a agência reguladora já analisa medidas para mitigar os efeitos para os consumidores e manter os reajustes inferiores a dois dígitos.
Os dados foram apresentados pelo superintendente de Gestão Tarifária da agência reguladora, Davi Antunes Lima, nesta segunda-feira em audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara. Uma das sugestões é instituir bônus para quem reduzir consumo de água em situações de crise. Com essas medidas adicionais, em vez dos 16,68% previstos para 2022, a previsão de reajuste seria de 10,73%.
As tarifas de energia são reajustadas caso a caso e são diferentes para cada distribuidora de energia. O superintendente da Aneel afirma que diversos fatores justificam a alta das tarifas. Por conta da crise hídrica, mais energia tem sido gerada por termelétricas, mais caras.
As medidas do comitê de crise criado pelo governo — chamada de Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG) — terão um impacto entre R$ 2,4 bilhões e R$ 4,3 bilhões, segundo a Aneel. Entre as medidas, está por exemplo a redução do uso da água para navegação, com indenização para quem saiu prejudicado. Além disso, a alta do dólar impacta nas contas porque o custo de Itaipu é cobrado na moeda americana.
O superintendente da Aneel disse que o órgão analisa medidas para evitar que a conta fique salgada. “A meta que a Aneel tem este ano é buscar reajustes tarifários inferiores a dois dígitos”, disse.