Conheça a flurona, nova ameaça associada à Covid-19 e Influenza

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Primeiro caso foi registrado no Estado na última quarta-feira (5)

Uma nova combinação de doenças está acendendo o alerta de autoridades em saúde de todo o mundo. Trata-se da flurona, que é a infecção simultânea dos vírus influenza e coronavírus. Na última quarta-feira (5), o Rio Grande do Sul confirmou o primeiro caso da doença em solo gaúcho. Tratava-se de um homem de 21 anos, morador de Porto Alegre, que apresentou sintomas gripais leves e não precisou de hospitalização.

O rapaz foi atendido no dia 23 de dezembro na Capital, apresentando dor no corpo, cefaleia (dor de cabeça) e febre. Na mesma data, já regressou para casa. Ele não possui comorbidades e o resultado confirmatório de RT-PCR saiu no último dia 28. Investigações posteriores apuraram que o homem realizou apenas uma dose da vacina da covid-19 em setembro do ano passado e não completou o esquema de duas doses. Ainda está em apuração a situação vacinal do homem contra a gripe.

Mas afinal, o que é a flurona?

A doença vem sendo chamada pelas autoridades em saúde de dupla infecção, e de acordo com a comunidade científica, tende a aumentar no Brasil. A combinação das duas doenças, que não é uma nova enfermidade, ganhou notoriedade após o governo de Israel notificar um caso no final de dezembro de 2021. Mas especialistas afirmam não se tratar de fato inédito ou inesperado, sobretudo por envolver o vírus da gripe, o influenza.

Flurona é o nome dado à infecção mista ou co-infecção pelo vírus influenza e coronavírus. Isso não caracteriza uma nova enfermidade, mas sim a concomitância da covid-19 e da gripe, duas doenças já conhecidas. Os sintomas são respiratórios, como tosse e coriza, em alguns casos, dificuldade para respirar, por exemplo, associado a outros sintomas como dor de garganta, febre, prostração, mal estar generalizado e calafrios. Pessoas infectadas com os dois vírus apresentarão sintomas das duas doenças, em grande parte coincidentes.

Não há grande diferença entre os sintomas da influenza e da covid-19, uma vez que são vírus que afetam o trato respiratório. Além de provocar sintomas no trato respiratório, provocam sintomas mais inespecíficos como febre, fadiga, dor de cabeça, dor no corpo e mal estar de maneira geral, que são comuns em infecções virais.

O diagnóstico só pode ser preciso a partir de exames específicos, uma vez que a sintomatologia é semelhante. O tempo de duração dos quadros desencadeados por cada vírus ou pela combinação deles vai variar de indivíduo para indivíduo, dependendo do quadro de evolução de cada um, mas no geral, as infecções se resolvem entre uma ou duas semanas. Ainda não há dados para apontar se a dupla infecção é mais grave que a já tradicional Covid-19.

Vacinação e prevenção

Quanto à vacinação, é preciso deixar claro: se você tiver tomado a vacina sazonal contra a influenza, estará imunizado especificamente contra a doença, assim como o caso da vacinação contra o coronavírus. Logo, isso não quer dizer que uma pessoa não possa ser infectada por um ou pelos dois vírus, mas espera- se sintomas mais brandos.

As medidas de proteção são as mesmas que utilizamos para a covid-19. Ambos são vírus de transmissão respiratória, e a diminuição do risco de infecção deve contar com as medidas de higienização das mãos, uso de máscaras, distanciamento social e evitar aglomerações. Outro ponto importante é a vacinação. Se você não estiver vacinado, é importante se imunizar. As vacinas contra covid-19 e contra a influenza estão disponíveis de maneira gratuita para a população da maioria dos municípios brasileiros.