Rajadas de vento intensas causam danos em diversas regiões e transtornos esperados são significativos, atingindo o setor elétrico.
Na última quarta-feira, a formação de um ciclone no estado do Rio Grande do Sul resultou em chuvas volumosas, tempestades severas de granizo e fortes rajadas de vento. A intensidade do fenômeno causou danos a milhares de casas, especialmente em Sobradinho, e destruição em diversas áreas do Noroeste do estado.
A formação do ciclone foi caracterizada por um fluxo de ar quente vindo do Norte, que gerou uma frente quente na metade norte do estado, resultando em precipitações de granizo em diversas cidades. Algumas delas registraram pedras de tamanho significativo. No decorrer do dia, o ciclone se intensificou sobre o estado, formando uma linha de instabilidade de quase mil quilômetros de extensão, estendendo-se do Rio Grande do Sul até o Paraguai.
Essa notável linha de instabilidade gerou vendavais em várias cidades do Noroeste gaúcho, causando danos significativos. Esses ventos destrutivos, embora de curta duração, foram semelhantes ao ciclone bomba de 2020.
Para esta quinta-feira, a previsão é de que os ventos continuem intensos, devido à circulação ciclônica. As rajadas, que se tornaram notáveis no início da noite de quarta-feira, estão previstas para durar várias horas. Esses ventos ciclônicos começaram a ser percebidos inicialmente no Sul, na Campanha e no Oeste. Até as 19h, as rajadas já atingiam 76 km/h em Bagé, 71 km/h em Dom Pedrito e 70 km/h no Chuí.
Ao contrário da maioria dos ciclones, em que o vento intenso se concentra no Sul e Leste do estado, as rajadas de vento desta quinta-feira serão intensas em grande parte do estado. A projeção é de rajadas de 60 km/h a 90 km/h na maioria dos municípios, o que provavelmente causará impactos significativos no setor elétrico.