Dispositivos podem evitar perder eletrodomésticos em descargas elétricas
O Brasil é o país mais atingido por raios em todo o mundo, segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). São cerca de 50 milhões de raios por ano no país, sendo 70% deles no verão.
Isso ocorre, de acordo com o Instituto, pela localização do país no planeta, seno uma região tropical que tem altas temperaturas e bastante umidade. A incidência de raios também costuma ser ainda maior em áreas urbanas, o que exige uma atenção extra por parte de quem mora nas cidades.
Diversos dispositivos eletrônicos podem ser facilmente danificados com as descargas de em média 300 kWh, o equivalente ao consumo mensal de energia de uma casa pequena.
As opções mais conhecidas para usuários domésticos e empresariais incluem estabilizadores, módulos isoladores e no-breaks, cada um com suas indicações e vantagens. Quando se consideram os ambientes domésticos, os estabilizadores são os que oferecem o melhor custo-benefício. Eles fazem uma espécie de intermediação entre a rede elétrica e os eletrônicos, ao estabilizar a tensão antes de passar o tranco de uma oscilação causada por um raio próximo às casas.
Os estabilizadores podem ser indicados até para eletrodomésticos maiores, como as geladeiras que ficam ligadas na rede o tempo todo. Esse tipo de produto costuma ser o mais fácil de encontrar em diferentes varejistas, em especial naquelas voltadas para dispositivos eletrônicos. Seu preço costuma depender da voltagem suportada: enquanto os modelos mais baratos de 127 V podem ser comprados por menos de R$ 100, os bivolt saltam para R$ 150 ou mais.
Já os módulos isoladores são responsáveis por uma correção na rede elétrica quando há ausência de aterramento — ou seja, o terceiro conector da tomada que possui valor zero, e não se altera em fortes descargas na rede. Desta forma, ele é o responsável por repassar qualquer carga eletrostática acumulada neles para a terra.
Os módulos são voltados para usuários que possuem objetivos mais complexos, com uma quantidade maior de dispositivos ligados ao mesmo tempo. Por isso, eles costumam trazer mais tomadas disponíveis e um preço maior, que pode chegar aos R$ 500 entre os modelos mais caros.
Já o No-Break é a opção mais completa para usuários domésticos ou empresas. Além de agir como um estabilizador, ao reduzir o impacto de uma oscilação forte de energia na rede, o aparelho possui uma bateria interna que te dá autonomia de trabalho por cerca de 5 a 10 minutos, dependendo do modelo — o suficiente para salvar documentos antes de um corte de energia, por exemplo.
Esse produto também tem preço bastante dependente de suas especificações, e por isso é comum que os valores variem entre R$ 250 e R$ 500. Assim como as outras alternativas, o No-Break pode ser comprado em lojas voltadas para produtos de escritórios e/ou eletrônicos.
Como saber a distância de um raio?
Para saber quão longe os raios estão do local atual, é possível contar o tempo entre o relâmpago — ou seja, o clarão emitido pela descarga elétrica — e o trovão, o som. Como a luz é mais rápida que o som, quanto menor o intervalo entre os dois, mais perto de você o raio está.
Basta contar o tempo em segundos entre o momento que se vê o raio e se escuta o trovão e dividir por três. O resultado representa a distância em quilômetros para a descarga elétrica: caso a diferença seja de nove segundos, o raio está a três quilômetros, por exemplo.