BR-470 em Bento é considerada “ruim ou regular” de acordo com pesquisa

2015-04-10_190211

Levantamento da CNT demonstra que 68,8% das estradas gaúchas estão na mesma situação

De acordo com levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mais da metade das rodovias estaduais e federais do Estado apresenta problemas gerais de estrutura. Segundo a pesquisa, 68,8% das estradas gaúchas estão em condições regulares, ruins ou péssimas. Já 31,2% da malha é considerada ótima ou boa.

Principal rodovia de Bento, a BR-470 também não foi bem avaliada pela pesquisa. Nos três principais módulos do levantamento, que levam em consideração a geometria, pavimentação e sinalização da estrada, em nenhum dos itens a rodovia teve uma classificação acima de regular. No que se refere a geometria ou traçado da malha rodoviária, está o pior desempenho, com a classificação como “ruim” no trecho que compreende o território de Bento.

Já nos indicativos relacionados à sinalização e pavimentação, o trecho correspondente foi considerado apenas “regular” para trafegabilidade. As demais principais estradas que tangenciam a cidade, a RS 444 e RS 431 não tiveram suas classificações divulgadas.

Faixas em laranja, vermelho e marrom na região indicam condições regulares, ruins e péssimas de acordo com a pesquisa

Cenário estadual

A pesquisa realizada entre junho e julho em todo o Brasil aponta piora significativa na sinalização das rodovias gaúchas, em comparativo ao último levantamento realizado em 2019. Conforme a análise, 73% das estradas estão em situação regular, ruim ou péssima, sendo que 4,2% da extensão dos pavimentos está sem faixa central e 15,3% não têm faixas laterais. Em 2019, os problemas de sinalização estavam presentes em 52,5% das rodovias.

O Estado também enfrenta dificuldades na geometria/traçado da malha rodoviária, com 66,8% apresentando algum tipo de problema e 33,2% em ótimas ou boas condições. Entre os principais riscos aos motoristas estão a predominância de pista simples (91,8%), trechos com curvas perigosas sem sinalização (52,5%) e falta de acostamento (30,6%).

O Rio Grande do Sul apresentou uma redução dos pontos críticos nas estradas. São 67 neste ano, contra 78 em 2019. O número corresponde a 4% dos trechos em piores condições no Brasil.

O levantamento aponta que, das 46 rodovias pesquisadas no RS, nenhuma foi considerada ótima. Dentro do ranking elaborado pela entidade, a rodovia gaúcha em melhor condição é a BR-101, no trecho de Torres até Osório, no Litoral Norte. Já a pior é a RS-153, entre Barros Cassal e Vera Cruz, no Vale do Rio Pardo, considerada também a nona pior estrada do país.