Bento registra queda de 186 Com 1.292 admissões e 1.478 desligamentos, Bento Gonçalves encerrou o mês de junho, com uma queda de 186 postos de trabalho. Conforme divulgado pelo Observatório do Trabalho da Universidade de Caxias do Sul, na Carta Mensal do Mercado de Trabalho Formal de junho de 2019.
Os números demonstram durante o mês de junho no município um decréscimo nos postos de trabalho de acordo com o total de empregos formais. O percentual é calculado após analise das vagas abertas e encerradas, o que resultou em um saldo de 186 postos fechados, representando 0,46% de queda.
Os setores que mais fecharam postos de trabalho foram o da Indústria de Transformação, com 135 vagas encerradas, seguido pelo Comércio com 26 vínculos desfeitos. Mesmo com a baixa no mês de junho, o saldo acumulado no ano em Bento Gonçalves é de 503 vagas abertas.
Os setores que mais fecharam postos de trabalho foram o da Indústria de Transformação, com 124 vagas encerradas, seguido pelo Comércio, com 47 desligamentos.
De acordo com os dados, os subsetores mais afetados dentro da Indústria de Transformação, foram respectivamente: Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com 79 postos de trabalhos formais encerrados, seguido da Indústria moveleira com 47 postos de trabalho fechados.
Nos últimos 12 meses, os setores que mais criaram postos de trabalho foram os de Serviços, com 292 novas vagas, seguido pela Construção Civil, com 103 novos vínculos. O maior crescimento relativo registrado no período foi o de Serviços Industriais de Utilidade Pública, com um acréscimo de 7,69%.
Rio Grande do Sul
Em relação ao Rio Grande do Sul, Bento Gonçalves registrou um saldo de postos de trabalho fechados, proporcionalmente quatro vezes superior, já que no mês de junho, comparando o número de novos polos abertos e encerrados, o Estado registrou 3.812 postos de trabalho fechados, o que representa um decréscimo de 0,15% sobre o total de empregos formais e em Bento o decréscimo foi de 0,46%.
Os setores que mais fecharam postos de trabalho foram o da Construção Civil, com 4.146 vagas encerradas, seguido pela Indústria de Transformação, com 2.930 desligamentos.
Análise da especialista
De acordo com a Professora Ledonha Soares, Coordenadora do Núcleo de Inovação e Desenvolvimento Observatório do Trabalho, os últimos meses têm demonstrado uma queda expressiva nos postos de trabalho principalmente do setor de indústria de transformação, que abrange os subsetores como a Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico e a Indústria moveleira, entre outros muito importantes para a Serra.
Para ela, a Serra está passando por um momento de supressão nestes postos de trabalho, desde o mesmo abril, vindo a se intensificar agora no mês de junho, sendo este o primeiro mês em que Bento demonstra uma disparidade tão grande em relação ao saldo de empregos do Estado, que registrou uma queda bem inferior à registrada no Município.
Comparativo
Comparando os meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho, é possível notar uma movimentação bem diferente no final deste semestre em relação ao início.
O ano começou com um saldo de 0,49% de postos de trabalho abertos no Estado, e em Bento Gonçalves, o percentual foi ainda melhor, com 653 novos postos abertos, representando crescimento de 1,66%.
Os números se mantiveram positivos em Bento Gonçalves até o mês de abril, quando o saldo entre novos postos e postos fechados, ficou em -15, representando um percentual de 0,04% de queda, enquanto que no Estado o percentual era superior, marcando 0,10% de queda de postos de trabalho.
No mês de maio, a queda nos postos de trabalho em Bento já foi superior ao Estado, mas a diferença não era tão grande quanto à registrada no mês de junho, representando um cenário bem diferente do início do ano, em que o município estava com um percentual de 1,66% positivo e agora está com 0,46% negativos.
