Bactéria da Amazônia pode combater câncer de intestino, diz Unicamp

2015-04-10_190211

Pesquisadores descobriram substância capaz de bloquear proteína que exerce papel importante no espalhamento do câncer colorretal

Cientistas da Universidade de Campinas descobriram que a violaceína, um pigmento fabricado naturalmente por bactérias encontradas na Amazônia, tem potencial para deter a proliferação de tumores cancerígenos no intestino. O achado corresponde há dez anos de trabalho do grupo liderado pela professora Carmen Veríssima Ferreira Halder, do Departamento de Bioquímica e Biologia Tecidual da Universidade Estadual de Campinas

“A proteína LMWPTP é uma facilitadora do progresso do câncer. Quando encontrada em grande quantidade nos tumores de pacientes, significa que há risco de metástase e/ou que o tratamento não está funcionando bem”, afirma a pesquisadora Alessandra Faria, uma das autoras do estudo.

Na etapa atual, na bancada do laboratório, os cientistas testaram a violaceína contra a proteína cancerígena e obtiveram sucesso. Tal qual os anticorpos agem no confronto com os vírus, o composto presente nas bactérias da Amazônia foi capaz de desarmar a proteína.

Dentro do corpo humano, a ação do composto contra a LMWPTP pode significar a interrupção da evolução do câncer. O achado abre caminhos para a possibilidade de desenvolvimento de novos medicamentos com o princípio ativo.

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