A nova novela infantil do SBT, As Aventuras de Poliana, tem sido constantemente recorde de audiência. Exibida no horário nobre e concorrendo com a dramaturgia da Globo e da Record, a trama escrita pela Iris Abravanel e inspirada na obra de Eleanor Porter tem ultrapassado os 17 pontos de Ibope, o maior recorde do canal há mais de uma década. Mais que isso, “Poliana” tem impulsionado outras atrações da emissora.
Faz muito que o SBT tem investido no público infantil e adolescente. Aliás, na TV aberta, é um dos únicos a apostar pesado nesta faixa, mantendo a exibição de desenhos infantis pela manhã e produzindo telenovelas que cativam a criançada, mesmo que sejam releitura de tramas já produzidas anteriormente pela mexicana Televisa.
O canal de Silvio Santos já havia visto o brilho do sucesso nos anos 90, quando lançou a primeira versão de Chiquititas. Além de ser um fenômeno de audiência, as tramas geram lucro para a emissora porque permitem o licenciamento de produtos como brinquedos e vestuário. Mas o estopim para a retomada da “exploração” deste nicho foi em 2012, quando “Carrossel” caiu na graça do público e da crítica. A segunda versão de Chiquititas e as releituras de Cúmplices de Um Resgate e Carinha de Anjo confirmaram a hegemonia do SBT nesse setor. As novelas são exibidas geralmente por mais de um ano (diferente da Globo que deixa uma novela no ar em média por oito meses) e “Poliana” poderá ter mais que 500 capítulos.
Para os pais que não possuem condições de assinar um serviço de streaming, como o Netflix, ou aderir a pacotes de canais infantis da TV fechada, o SBT se tornou uma alternativa de entretenimento para os pequenos, além de outras emissoras, como TV Cultura Canal Brasil. Mesmo as crianças que têm acesso a estes serviços compõem o público de “Poliana”, que, em números, comprova que celulares e outros meios podem ser vencidos pela televisão.
Aventuras da Poliana bate recorde de audiência e comprova que crianças ainda assistem TV aberta
