Segundo Associação Brasileira dos Supermercados, incentivos do governo permitiram famílias a manter o poder de compra.
Impulsionada por itens como leite e frango, cesta básica também aumentou 1,34% em relação a maio, aponta Abrasmercado
A alta inflação em quase todos os itens de supermercado não tem intimidado o consumo nos lares brasileiros, que apresentou alta de 4,01% no semestre, segundo o Índice Nacional de Consumo nos Lares Brasileiros da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado nesta quinta-feira (12/08).Com o aumento no consumo acumulado no semestre, a taxa quase alcançou a meta estabelecida pelo setor, que é de 4,5% este ano. “Estamos confiantes com a retomada gradual da economia, com o avanço da vacinação, o retorno da normalidade, os investimentos programados pelo setor para o 2º semestre do ano, e com as medidas de auxílio social, que estão sendo debatidas atualmente pelo governo federal”, diz Márcio Milan, presidente da Abras.
A entidade atribui o resultado positivo, principalmente, às medidas sociais e econômicas adotadas pelo governo. Para a Abras, o pagamento da segunda parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS, a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses e o avanço da campanha de vacinação contra covid-19 foram itens que impulsionaram o consumo. “O depósito da restituição do segundo lote do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) também contribuiu. Foram R$ 6 bilhões que chegaram para 4,2 milhões de contribuintes”, diz comunicado da Associação.
Segundo Milan, uma nova revisão e projeção da meta de consumo será realizada em setembro. Para o segundo semestre, a associação mantém o otimismo. “Os principais itens, que tendem a favorecer a retomada econômica são o pagamento do auxílio emergencial, o terceiro lote da restituição do Imposto de Renda, e datas comemorativas como o Dia dos Pais, feriado de setembro, Dia da Criança e o Black Friday”, diz a nota