Bancos, televisões e companhias aéreas estão sofrendo com um apagão global de tecnologia nesta sexta-feira (19/7).
Há relatos de diversas operações suspensas em diferentes partes do mundo.
Voos no aeroporto de Sydney, na Austrália, não puderam decolar. As companhias americanas Delta e United Airlines também suspenderam todos os seus voos.
No Reino Unido, houve um apagão na bolsa de valores de Londres, linhas de trem também estão suspensas e diversos aeroportos estão relatando atrasos.
A autoridade australiana de segurança cibernética disse que o problema é um “apagão técnico de grande escala”.
A polícia no Estado americano do Alasca noticiou um apagão nas linhas de telefone de emergência. No Facebook, a polícia disse que “muitos call centers de emergência e de 911 [o número de emergência nos EUA] não estão funcionando devidamente no Estado do Alasca”.
O que causou o apagão global?
Diversas empresas e entidades afetadas apontaram um problema técnico com softwares da empresa de segurança Crowdstrike em sistemas Windows, da Microsoft. A Crowdstrike, então, divulgou um comunicado afirmando que o apagão global se deveu a um problema de atualização de sistema.
A Crowdstrike é uma empresa de segurança online fundada em 2011 cujo objetivo é proteger algumas das maiores empresas do mundo de ataques cibernéticos.
Ela é especializada em proteção de segurança e busca evitar que softwares ou arquivos maliciosos atinjam redes corporativas. A Crowdstrike também é focada em proteção de dados para empresas que migraram suas bases de seus próprios computadores para servidores em nuvem.
A empresa foi fundada no Texas pelos empreendedores George Kurtz — que segue como CEO — e Dmitri Alperovitch. Ela está listada na bolsa Nasdaq desde 2019.
A Crowdstrike divulgou um comunicado nesta sexta-feira (19/7), assinado pelo CEO George Kurtz, em que afirma que o apagão global não se trata de um ataque cibernético — mas sim de um defeito em uma atualização de sistema.
“A Crowdstrike está ativamente trabalhando com clientes impactados por um defeito encontrado em uma atualização de conteúdo para servidores Windows. Servidores Mac e Linux não foram impactados. Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético”, afirma a nota.
“O problema foi identificado, isolado e um conserto está sendo feito. Encaminhamos os clientes ao portal de suporte para as mais recentes atualizações e vamos continuar oferecendo atualizações completas e contínuas em nosso site.”
A Microsoft também emitiu uma declaração, através de seu porta-voz: “Estamos cientes de um problema afetando aparelhos Windows devido a uma atualização de uma plataforma de software terceirizada. Nós avisamos que uma solução está por vir”.