Ainda não está claro se esse modelo será eficaz, por isso a rede social fará o teste com pequenos grupos de usuários.

2015-04-10_190211

O Twitter anunciou um novo recurso para permitir ao usuário denunciar conteúdos com desinformação, mentiras, boatos ou similares. Agora, uma opção chamada “It’s misleading” (“é enganoso”, em tradução livre) começará a ser visível para usuários nos Estados Unidos, Coreia do Sul e Austrália para ajudar a sinalizar os posts negativos da plataforma social.

O recurso será acessível a partir do botão Denúnciar Tweet, já existente na plataforma há muitos anos, que apresenta uma listagem de justificativas para enquadrar aquele conteúdo e explicar porque merece atenção da equipe da rede social. As pessoas também serão convidadas a dizer se as informações falsas são sobre saúde, política ou “outros”.

Ainda não está claro se esse modelo será eficaz, por isso a rede social fará o teste com pequenos grupos de usuários. Também é cedo para afirmar se a denúncia resultará em alguma medida imediata ou se haverá mecanismo de relatório com respostas às denúncias, como ocorre no Facebook. No entanto, essa parece ser uma iniciativa positiva do Twitter para combater a disseminação de fake news, especialmente em momento de pandemia.

Ações contra as mentiras
Mesmo com ações pontuais de remoção de conteúdo, o Twitter é acusado de não tomar medidas suficientes para combater a viralização de conteúdos pseudoinformativos. Em muitos casos, a equipe de moderação entra em campo quando o estrago já esta feito, como foi o caso das últimas eleições dos EUA, quando o ex-presidente Donald Trump usou seu perfil para incitar apoiadores a invadir a Casa Branca, o que resultou em banimento permanente.

Desde março, a rede social do passarinho iniciou uma política de strikes, na qual bloqueia usuários que insistem em disseminar informações falsas sobre vacinas. A rede chegou a sinalizar como enganosos e até deletar tuítes do presidente Jair Bolsonaro, acusado de violar as regras da plataforma ao promover medicamentos sem eficácia para combate da COVID-19.

O recurso será liberado para usuários no iOS, Android e web, mas somente para pequenos grupos selecionados nos países experimentais. Não há previsão de quando a novidade chega ao Brasil.