Semana marca a volta da chuva no Rio Grande do Sul

2015-04-10_190211

Confira a tendência de chuva para a semana no estado gaúcho que enfrenta uma grave estiagem com perdas no campo e falta de água

Cidades gaúchas vem enfrentando vento desde ontem que sopra a partir do quadrante Leste e por vezes tem intensidade forte com algumas rajadas que ganham força em horas da tarde para a noite.

O vento acaba por amenizar o calor e a temperatura não sobe tanto quanto no Oeste gaúcho, onde as temperaturas têm estado muito altas há dias com máximas acima de 35ºC.

 

As características climáticas desta época do ano explicam os dias mais ventosos. Com o fim do inverno, as massas de ar frio seguem avançando para as latitudes médias do continente, mas, diferentemente da estação fria em que as incursões de ar polar são de trajetória continental, logo pelo interior do continente, as trajetórias das massas de ar frio são marítimas.

Ao mesmo tempo que ar frio avança pelo Atlântico Sul, ar mais quente se instala no continente com áreas de baixa pressão que costumam atuar no Norte da Argentina e no Paraguai, centros de baixa pressão, diga-se aliás, de natureza térmica. Com efeito, estabelece-se um contraste de temperatura e pressão entre o Oceano Atlântico que tem uma alta pressão acima de 1.030 hPa a Leste da Argentina e o continente com pressão até 20 hPa menor.

VENTO DO MAR E CHUVA Quando o vento Leste atua no Rio Grande do Sul ele costuma inibir chuva nas áreas que estão com as rajadas, o que leva muitos agricultores a descreverem o vento como “come chuva”. Por outro lado, em áreas costeiras que têm grandes elevações do terreno a Oeste, no caso da parte dos litorais do Sul e do Sudeste do Brasil, a Serra do Mar, o vento Leste acaba trazendo nebulosidade e chuva.

Por quê? O vento que sopra do oceano para o continente vem carregado de umidade. O ar úmido ao encontrar a barreira física dos morros e montanhas acaba ascendendo na atmosfera. Quanto mais alto na atmosfera, mais frio. E o ar úmido, ao se elevar, acaba encontrando ar mais frio e termina por se condensar, gerando nuvens e chuva.