Verão termina com frente fria na Serra Gaúcha

2015-04-10_190211

O verão foi marcado por falta de chuva na Região Sul. O Rio Grande do Sul foi o que mais sofreu e várias cidades gaúchas terminam a estação em situação de emergência por causa da estiagem.
As condições meteorológicas mudaram nos últimos dias com a passagem de uma frente fria que provocou chuva forte e ventania nos três estados.
Na Serra Gaúcha, no entanto, a chuva ganhou destaque. Nos últimos dias a chuva ficou ainda mais forte. Para Bento Gonçalves, a previsão é de pelo menos 30 mm de chuva até a próxima sexta-feira, dia 23.
Outra frente fria chegou ao Sul do Brasil no último domingo, 18 de março, trazendo temporais para o Rio Grande do Sul e também para outras áreas do Sul do Brasil. O último fim de semana do verão teve várias horas com sol forte e calor no Sul do Brasil.
No sábado, as pancadas de chuva com raios ocorreram à tarde e em algumas regiões à noite,sendo mais fortes, em pequenas áreas e não se prolongando por muito tempo. Mas no domingo, a com a chegada da última frente fria do verão, os temporais voltaram a se espalhar sobre o Rio Grande do Sul.
Durante a segunda e esta terça-feira, 20, dia da virada para o outono, o Sul do Brasil ainda estará sentindo a influência das áreas de instabilidade da passagem desta frente fria. Os dois serão marcados por muita nebulosidade e chuva sobre o Sul do Brasil.

O fim da La Niña
La Niña chega ao fim no outono e inverno será neutro. O fenômeno La Niña, que consiste no resfriamento da temperatura das águas superficiais do Pacífico equatorial, está chegando ao fim. Na última semana, a temperatura já estava próxima da média no leste e oeste do oceano, restando águas mais frias somente na região central.
Além disso, a atmosfera equatorial já indica padrões que variam entre La Niña neutralidade, de acordo com institutos internacionais de Meteorologia e Oceanografia.
Simulações da Agência Americana de Meteorologia e Oceanografia indicam que o La Niña chegará totalmente ao fim durante o trimestre março-abril-maio, ou seja, durante o outono do Hemisfério Sul.
Surgirá a partir daí uma neutralidade que prosseguirá até pelo menos o fim do inverno. Para o segundo semestre, recomenda-se cautela. Embora existam especulações em torno do fenômeno El Niño (aquecimento das águas do Pacífico), isto não pode ser afirmado. Nos últimos dez anos, em pelo menos três oportunidades, existiram previsões de El Niño que não se confirmaram.
O último foi observado no ano passado, quando ao invés de El Niño, surgiu o atual fenômeno La Niña. Uma possível hipótese para as previsões de El Niño que não se confirmam está na atuação da fase negativa da Oscilação (Inter)Decadal ou Decenal do Pacífico – ODP.
Trata-se de um longo período em que aparecem mais La Niñas que El Niños. Talvez, as simulações concebidas em época anterior a atual fase, estejam superestimando as temperaturas do Pacífico.Por fim, o término do La Niña e o aparecimento da neutralidade não mudam o cenário climático do Brasil.
O outono é caracterizado pela diminuição da precipitação na região central do país (especialmente Sudeste e Centro-Oeste) e aumento nos extremos (Sul, leste do Nordeste e norte da Região Norte). E neste aspecto, a mudança da temperatura do Pacífico não mudará este vetor.