Mas afinal, o que muda na saúde?

2015-04-10_190211
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Aline Rodrigues
Educadora física
Mestre em ciência do movimento humano
Terapeuta integrativa
Massoterapeuta clínica e desportiva

Recentemente a Educação Física recebeu afinal seu reconhecimento como “área da saúde”. Frente a isso diversas questões começam a emergir nos pensamentos de uma educadora física dedicada, hoje, a expandir conceitos e conhecimentos se apropriando das terapias integrativas (ventosaterapia, massoterapia, agulhamento, medicina tradicional chinesa) como fonte segura de trabalho. Mas de certa forma, embora o decreto, não vejo mudanças nos panoramas nem nas atitudes de profissionais e estudantes da nossa ciência. Será que nossa intervenção só serve para fazer as pessoas emagrecer e possuírem um corpo sarado? Se temos a missão de contribuir com a construção da saúde aos nossos alunos, logo, a saúde se limita apenas ao corpo esculpido? Muitas pessoas se esquecem de que a Educação Física é também, o saber corporificado, vivenciado e dinamizado. A intervenção social com o sujeito, a complexidade e pluralidade, faz parte de nossas jornadas de trabalho. Nós enquanto profissionais, temos a missão de expandir a experiência humana por meio das práticas corporais. A atividade física pode ser um meio também, na busca pela saúde. Podemos ampliar as possibilidades de intervenção e não restringi-la apenas ao condicionamento físico. O exercício pode promover e expandir as dimensões sociais, culturais e psicológicas a partir da relação com o outro, porque a final a saúde é também, coletiva. E temos condições de estimular/oferecer essa esfera mais ampliada de saúde. E para finalizar a ideia, não se fechem apenas na visão biológica das coisas , busquem compreender também os outros aspectos, porque a saúde não é só perder calorias e ter um abdome chapado.