A carne está muito cara? Como substituir na refeição para economizar no mercado

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Nos últimos meses o brasileiro tem visto o preço da carne disparar: o custo dos cortes mais pedidos subiram mais 50%. Mas reduzir ou cortar o consumo de carne pode provocar uma queda na ingestão de proteínas – importante nutriente na manutenção da saúde. Para evitar que isso aconteça, especialistas sugerem a troca da carne por outros produtos de origem animal e vegetal para compensar a proteína da carne.

Ovo
A proteína de origem animal é uma proteína completa, pois contém todos os aminoácidos que o organismo não tem a capacidade de produzir e na quantidade que precisamos. Isso significa que apenas uma alimento dessa categoria pode fornecer todos os aminoácidos essenciais. Por isso a carne é tão importante. Mas, na sua ausência, a segunda melhor opção é o ovo, por também ser uma proteína completa. Mas um único ovo não consegue oferecer a mesma quantidade de proteína que um bife, por exemplo. Um filé de carne de 100 gramas garante de 22 a 25 gramas de proteína. Já um ovo proporciona entre 6 e 7 gramas de proteína. Ou seja, é necessário ingerir cerca de três ovos para compensar. Para algumas pessoas, essa quantidade pode parecer muito alta, especialmente quando diversos estudos indicam que comer muitos ovos semanalmente pode aumentar o colesterol e o risco de doenças cardiovasculares. Esses resultados não estão completamente errados. Portanto, antes de começar a comer ovo à vontade, saiba como anda o seu colesterol.

Soja
A soja é um dos substitutos mais populares da carne entre veganos e vegetarianos. Apesar de ser de origem vegetal, a soja também é uma fonte de proteína. A soja é única, porque contém todos os aminoácidos de que o corpo precisa, assim como a carne:100 gramas de soja contém 36 gramas de proteína. O único porém é a origem desta soja. procure em lojas de produtos naturais e certifique-se que não contenha agrotóxicos;

Nozes/amendoim
Nozes em geral, como castanha de caju e castanha do Pará, apesar do preço absurdo, pode vir a ser uma alternativa para alguns dias por semana, podendo sair mais em conta do que investir na carne. Outra opção de nozes é o amendoim, cuja o custo pode ser mais barato. Vale ressaltar que todos os alimentos têm proteína, mas certos tipos são menos proteicos, como é o caso de verduras (brócolis e couve, por exemplo). Por isso, mesmo que a quantidade de carne precise ser reduzida no prato daqui para a frente, uma alimentação balanceada, com variedade de alimentos, pode compensar e garantir a ingestão de proteínas.

Cereais e leguminosas
Outros bons vegetais para fornecer proteínas são as leguminosas, como feijão, grão de bico e lentilha. O resultado pode ser ainda melhor se elas foram combinadas na mesma refeição. Não fazer a combinação de vez em quando não prejudica o organismo já que o fígado guarda aminoácidos; portanto, mesmo que apenas um dos alimentos seja consumido, o órgão pode providenciar aqueles que eventualmente faltaram. Algumas leguminosas, como a quinoa (8 gramas por xícara), podem ser mais caras, por isso fazer combinações pode ajudar não apenas o organismo, como também o bolso.

Cogumelo
O cogumelo in natura é excelente fonte de proteína e tem baixo valor calórico, substitui qualquer tipo de carne de forma mais saudável. Preço é semelhante, mas o rendimento é muito maior. É um alimento de baixo valor calórico e alto valor proteico. Eles contêm polissacarídeos, compostos poderosos que ajudam na construção da imunidade. Devido ao fato de serem ricos em vitaminas A e C, D, betacaroteno, compostos fenólicos, terpenos, entre outras substâncias que apresentam efeitos antioxidantes, consumir alguns tipos de cogumelos pode ser uma ótima opção no combate aos radicais livres. O cogumelo é rico em vitaminas do complexo B, sais minerais e fibras. Com baixo teor de carboidratos, gorduras e colesterol, o aliemento possui ainda riboflavinas, substância que favorece o metabolismo de gorduras, açúcares e proteínas e é importante para a saúde dos olhos, boca, pele e cabelos.

Por que a proteína é importante?
As proteínas fazem parte dos chamados macronutrientes, ou seja, aqueles que precisamos em maior quantidade. Essa quantidade é definida pelo peso: é preciso consumir 0,8 gramas para cada quilo. Ou seja, uma pessoa de 70 quilos deve ingerir pelo menos 56 gramas de proteína por dia. Apesar de ser um nutriente importante, a proteína não deve ser ingerida em excesso, portanto, não devemos passar de 150 gramas por dia. Elas formam a massa muscular, fazem parte dos tecidos corporais, da pele, ajudam a manter sua elasticidade. É importante para o crescimento, para a reparação de tecidos. Fazem parte de algumas enzimas que usamos para a digestão, e os hormônios também são formados por proteínas.