Lançado no início dos anos 1990, o zolpidem é um fármaco da classe dos hipnóticos, ou seja, para indução do sono.
Cerca de 5% dos indivíduos que tomam o fármaco podem sofrer com um quadro de sonambulismo e amnésia.
O medicamento deve ser usado no máximo, quatro semanas e apenas por quem tem dificuldades para dormir ou manter o sono por um tempo adequado.
O uso dele tem se popularizado muito o que abre alas para efeitos colaterais preocupantes e quadros de dependência.
Zolpidem virou uma espécie de ‘fenômeno cultural’ entre os mais jovens.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) calcula que, entre 2011 e 2018, a venda do fármaco cresceu 560% no país.
Apenas em 2020, foram comercializadas 8,73 milhões de caixas desse medicamento nas farmácias brasileiras.
O zolpidem atua num receptor dos nossos neurônios e mexe com um químico cerebral chamado ácido gama-aminobutírico, também conhecido pela sigla Gaba – é como se o cérebro tivesse um interruptor e o zolpidem apertasse o off para desligá-lo.
Mas o uso desses comprimidos tem uma indicação bem clara e precisa. Ele é útil para quem está passando por um período de profundo estresse.
O grande problema é que o zolpidem está sendo indicado para qualquer dificuldade no sono e por um tempo prolongado demais.