Vírus da febre amarela circula no Rio Grande do Sul

2015-04-10_190211
Em áreas urbanas, o vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti

Governo Estadual reforça importância da vacinação

A circulação do vírus causador da febre amarela, doença transmitida por mosquitos Haemagogus, que habitam áreas silvestres, foi confirmada em amostras de um macaco bugio, encontrado morto em um bairro rural do extremo sul de Porto Alegre. Em razão desta constatação e de outros casos suspeitos e confirmados em diferentes municípios gaúchos, a Secretaria da Saúde (SES) recomenda a vacinação contra a febre amarela na população gaúcha desde os nove meses até 59 anos.

Em fevereiro de 2021, o Estado divulgou, em nota informativa publicada pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), o óbito de bugios na área de floresta da região serrana, divisa com Santa Catarina, e outros casos de primatas contaminados na Serra e no Norte. Os bugios (e os macacos-prego, no caso do Rio Grande do Sul) são considerados sentinelas da febre amarela e não representam riscos à população. Esses animais servem como indicadores da presença do vírus no ambiente silvestre e adoecem depois que são picados pelo mosquito transmissor. Humanos não vacinados são contaminados somente ao serem picados por mosquitos infectados. Em áreas silvestres, o transmissor é o mosquito Haemagogus e, em áreas urbanas, o vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. A febre amarela urbana não é registrada no Brasil desde 1942.

Vacinação
A imunização deve ser realizada pelas secretarias municipais de saúde. Pessoas que não têm comprovação vacinal deverão ser considerados não vacinados e devem se dirigir às Unidades Básicas de Saúde. Crianças devem tomar a primeira dose aos nove meses e um reforço aos quatro anos. A partir dos cinco anos, não vacinados recebem dose única. A recomendação de vacinação em dose única, de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações, vai dos cinco aos 59 anos.