Variante Delta ameaça fim da pandemia

2015-04-10_190211

A variante é mais transmissível do que outros vírus da família dos coronavírus

A variante delta do coronavírus se tornou a nova fonte de preocupação no combate à pandemia de Covid-19, mesmo entre países com ritmo avançado de vacinação. Ela está por trás de uma nova onda de infecções em Israel, Reino Unido, Estados Unidos e países asiáticos, como China e Indonésia.
No Reino Unido, por exemplo, a Delta já responde por mais de 90% dos novos casos. E, no Brasil, já são mais de 200 infectados e 20 mortes por essa variante. Estudos recentes vêm apontando que essa nova versão do coronavírus é muito mais transmissível e tem maior probabilidade de evadir o sistema imunológico, responsável pelas defesas do nosso organismo.
Mas um relatório interno vazado do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), órgão ligado ao Departamento de Saúde dos EUA, chegou a novas constatações sobre a variante que está causando angústia em todo o mundo — e pode postergar o controle da pandemia ao redor do mundo por meio da vacinação.
O documento mostrou que a Delta se espalha muito mais rápido, tem maior probabilidade de infectar vacinados e pode desencadear doenças mais graves naqueles não vacinados em comparação com todas as outras variantes de coronavírus conhecidas. Também tende a romper com mais facilidade as proteções oferecidas pelos imunizantes.
Segundo o relatório, a variante delta é mais transmissível do que outros vírus da família dos coronavírus, como Mers e Sars, bem como Ebola e varíola, além do resfriado comum ou da gripe sazonal. O CDC acrescenta que a infecção com a variante delta produz uma quantidade de vírus nas vias aéreas dez vezes maior do que a observada em pessoas infectadas com a variante alfa.