Vamos falar sobre empoderamento

2015-04-10_190211
Uma das definições de empoderamento feminino, de acordo com a ONU Mulheres - entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres – é o ato de conceder o poder de participação social às mulheres

Na semana em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, não poderíamos deixar de falar sobre Empoderamento Feminino. Mas afinal de contas, o que esse termo – que vemos em blogs, revistas, jornais, outdoors – significa, verdadeiramente?
Você não vai encontrar “empoderamento” como um verbete oficial no Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Mas se procurar pela palavra “empoderar”, vai encontrar a definição “dar, ou adquirir poder”.
Nas palavras de Naila Kabeer – economista de Bangladesh (Índia), feminista e especialista em gênero e pobreza – a definição de empoderamento seria “a expansão da capacidade das pessoas para fazer escolhas de vida estratégicas num contexto em que tais habilidades lhe foram anteriormente negadas”.
Para ela, o empoderamento feminino depende de dois fatores importantes: que as mulheres possam identificar seus desejos e que elas desfrutem do direito de poder fazer o que desejam no ambiente em que vivem.
Outra definição de empoderamento feminino, de acordo com a ONU Mulheres – entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres – é o ato de conceder o poder de participação social às mulheres, garantindo que possam estar cientes sobre a luta pelos seus direitos (como exemplo, a total igualdade entre os gêneros).
Mas é importante lembrar que a prática do empoderamento feminino consiste no posicionamento efetivo das mulheres em todas as esferas (sociais, políticas e econômicas), com o intuito de buscarem seus direitos e garantirem a participação não só em debates públicos, mas principalmente na tomada de decisões relevantes o futuro da sociedade – em especial, aquelas que interferem diretamente na vida do público feminino.

A ONU Mulheres desenvolveu uma lista com sete princípios básicos do empoderamento feminino no âmbito social e profissional. Confira:

* Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.

* Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.

* Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.

* Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.​

* Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing.​

* Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.

* Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.

Séculos de repressão que geraram força e resiliência
Para Thuany Thomé, Coach e Diretora Administrativa do Instituto Bordin, o movimento de empoderamento feminino é uma consequência das conquistas que as mulheres vêm alcançando nos últimos anos. “Ao fazermos uma breve reflexão na história, percebemos o quanto estamos muito bem preparadas para aproveitar melhor as oportunidades do momento atual.
Por muitos séculos fomos reprimidas pelo machismo da sociedade, fomos privadas de uma atuação política, social e econômica de maiores proporções”, explica.
E acrescenta: “Por ironia da história, ao sermos reprimidas, o machismo nos preparou para sermos especialmente fortes, criativas, inovadoras, intuitivas, e inclusive emocionalmente mais capacitadas para lidar com as adversidades”. Ela também destaca uma característica extremamente importante nas mulheres em geral: o alto nível de resiliência, que é a capacidade de suportar pressões e se reerguer.

Sororidade
Mas Thuany chama a atenção para outro ponto essencial, que segundo ela, faz quebrar o muro que separa as mulheres como rivais, permitindo que se olhem com empatia e apoio mútuo: a sororidade. E reforça. “Devemos ter consciência de que as mulheres empreendedoras podem e devem se conectar, na perspectiva da troca de experiências e apoio, e assim, unidas, ganham forças e tornam o empoderamento realmente efetivo”.
E sororidade é outro termo – presente em debates, palestras, reportagens e é claro, na internet – que não possui definição oficial em dicionários da Língua Portuguesa. Mas cujo significado pode ser entendido como a “irmandade entre mulheres” – uma vez que a origem da palavra sororidade está no latim sóror, que significa “irmãs”.
É justamente essa união, essa aliança entre mulheres – calcada na empatia e no companheirismo, visando o alcance de objetivos em comum – que norteia o princípio básico da sororidade.

1ª Jornada das Mulheres de Negócios da Serra Gaúcha

Marco no empreendedorismo feminino, o evento vai reunir centenas de mulheres com diversas palestras e assuntos ligados a negócios, oferecendo o ambiente ideal para networking e desenvolvimento na área.

Data: 09 de março
Local: Instituto Bordin (entrada do Parque dos Pinheiros), na Rua 14 de Julho, 920 – Farroupilha/RS
Horário: das 19h às 22h
Mais informações através do telefone (54) 3268-1215 ou (54) 98139-8508
ou pelo site: www.institutobordin.com.br