Twitter prepara o terreno para se tornar uma plataforma de pagamentos

2015-04-10_190211

Empresa já se cadastrou no Tesouro dos EUA e agora cumpre etapas burocráticas em estados do país; Elon Musk quer transformar rede social em “super app”

 

Depois de muitas polêmicas, os planos de Elon Musk para os negócios do Twitter vão sendo colocados em prática. A empresa está começando a se mexer nos bastidores para ganhar recursos de pagamentos. A ideia é que a rede social passe a oferecer recursos de um banco ou carteira digital, como contas de depósitos, cartões de débito e transferências.
As informações são de uma reportagem do jornal Financial Times. Segundo a publicação, o Twitter vem se registrando para obter as licenças necessárias para atuar no setor financeiro.
Em novembro, a companhia já se cadastrou no Tesouro dos EUA como uma plataforma de processamento de pagamentos. Agora, a empresa corre atrás dos documentos necessários em alguns estados do país para fornecer serviços nesta área.
Outra iniciativa é estudar a criação de um cofre para guardar dados dos usuários que seriam coletados pelo novo sistema.
Em um primeiro momento, o Twitter trabalharia com moedas tradicionais. Musk, no entanto, deseja que o Twitter ofereça suporte a criptomoedas futuramente.
Pagamentos podem ser fonte de receita para Twitter
Não é a primeira vez que o Twitter flerta com o setor de pagamentos como uma forma de ganhar mais dinheiro. Nos últimos anos, antes de ser comprada por Elon Musk, a rede social apostou em recursos como o Super Follow.
Com ele, um usuário pode cobrar uma mensalidade para que seguidores acessem conteúdo exclusivo. A empresa fica com uma porcentagem desse dinheiro.

Os planos de Elon Musk, porém, são bem mais ousados. Ele pretende transformar o Twitter em um “super app”, daqueles que fazem tudo. Daí a intenção de ir além de assinaturas. A ideia é que usuários da rede social também possam fazer compras e transferências.
Vale lembrar que Musk tem experiência nessa área. Em 1999, ele fundou a X.com, banco online que se tornou parte do PayPal.
Com informações: Financial Times.