Operário que morreu no dia 27 de março era funcionário da empresa desde outubro de 2015
A obra de um mercado na Avenida Osvaldo Aranha continua embargada após mais de três semanas da morte do operário Ademir Mendes Viana, 40 anos. Ele morreu ao cair de uma altura de cerca de cinco metros. O acidente aconteceu na construção de um pavilhão do mercado.
O gerente do Ministério do Trabalho e Emprego em Caxias do Sul, Vânius Corte, diz que neste momento, a empresa BSB Construções é a principal responsabilizada pela morte de Viana. O mercado, nesse caso, tem responsabilidade subsidiária.
“A pessoa que faleu era empregado pela BSB. Em relação ao falecimento é a BSB que reponde. O mercado tem responsabilidade subsidiária, ou seja, a empresa é condenada a pagar indenização, mas se não pagarem, quem pode ser condenado a pagar é o mercado”, explica.
O embargo da obra, segundo Corte, é por tempo indeterminado. “Depois que é embargado, no termo constam as providências que precisam ser tomadas para corrigir as irregularidades. É importante dizer que a construção foi paralisada porque inúmeros locais da obra tinham problemas. Todo o em torno da obra tem que ter uma proteção”, esclarece.
BSB Construções se defende
O Engenheiro de Obras da BSB Construções não quis se identificar, mas afirmou diversas vezes que é a Octaviano Zandonai E Cia Ltda (empresa que atua no ramo de supermercados e mercearias) a responsável pela obra. Segundo a BSB, a Octaviano contratou uma empresa de engenharia para fazer a parte da adequação e toda segurança da obra. “Quem está realizando o desembargo da obra é a Octaviano Zandonai, nós estamos contribuindo com eles”, explica.
O Engenheiro de Obras se defende dizendo que ainda não é possível dizer quem realmente vai responder pelo acidente. Ainda segundo ele, não há uma previsão para que a obra seja desembargada, mas que estão fazendo o possível para liberar o quanto antes”, afirma.