Tecnologia permite entregar remédios no cérebro de pacientes com Alzheimer

2015-04-10_190211

Equipe de pesquisadores estuda formas de aplicação

 

Uma equipe de pesquisadores norte-americanos testou uma estratégia que permite a abertura da barreira hematoencefálica (BHE), responsável por proteger o cérebro de toxinas e agentes infecciosos. Apesar de benéfica, a estrutura também impede que remédios sejam usados, por exemplo, no tratamento do Alzheimer e de outras demências.

Publicado na revista científica Nature Communications, o novo estudo busca desenvolver uma estratégia que abra a barreira hematoencefálica, mas que possa fechá-la em seguida. A ideia é que fique aberta apenas para a entrada dos medicamentos, mas que, em um período curto de tempo, volte a proteger do cérebro.

Quando há uma doença neurológica, a barreira do cérebro “se torna o pior inimigo” do paciente, explica Anne Eichmann, professora de Universidade de Yale, nos Estados Unidos, em comunicado. Isso porque impede a viabilidade de qualquer tipo de tratamento e até mesmo de estudos na região para conter o avanço do quadro.

Por enquanto, os testes foram realizados, com sucesso, em roedores. Nos animais, a equipe de cientistas usou um anticorpo como ferramenta de abertura da barreira, mas a pesquisa é ainda inicial.

Agora, a equipe planeja estudar formas de aplicação do anticorpo no tratamento de tumores cerebrais. Em tese, a abertura da barreira deve facilitar a quimioterapia e potencializar seus resultados.