Supermercados gaúchos crescem 2,4% nas vendas em 2017

2015-04-10_190211

Ranking Agas, que terá premiação na terça-feira (24), apresenta levantamento do setor

 

Visitadas diariamente por quatro milhões de gaúchos e presentes em 100% dos municípios do Estado, as lojas de supermercados continuam sendo um dos mais fiéis termômetros das oscilações da economia. O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo revelou os detalhes do Ranking Agas 2017, um estudo que contemplou as 226 maiores companhias do setor para mapear o desempenho dos supermercados em 2017.
A pesquisa indica que o setor alcançou um faturamento de R$ 30,2 bilhões em 2017 no Rio Grande do Sul, um crescimento nominal de 5,4% que, deflacionado pelo IPCA/IBGE, representa um crescimento real de 2,4% em relação a 2016.

Ranking Agas
O Ranking Agas de Supermercados é elaborado desde 1991 pela entidade.Neste ano, a cerimônia de entrega dos prêmios aos agraciados do Ranking Agas 2017 congregará mais de 750 convidados na noite do dia 24 de abril, a partir das 20 horas, no Grêmio Náutico União em Porto Alegre.
O Ranking Agas 2017 contou com a participação de 226 empresas de supermercados estabelecidas no Rio Grande do Sul, com faturamentos anuais entre R$ 215 mil e R$ 5,6 bilhões. Juntas, estas 226 companhias faturaram R$ 24,1 bilhões em 2017 – 79,8% do total do setor no Estado.
O levantamento mostra ainda um crescimento no número de lojas supermercadistas estabelecidas no Estado, além do aumento da mão de obra contratada. “Saudamos que haja espaço para todos os formatos de empresas e atendimento pleno a todos os perfis de consumidores.
Em 2017, vimos muitos supermercados fechando suas portas e sendo imediatamente substituídos por outras empresas do setor com um perfil mais adequado para aqueles consumidores. Isto mostra uma seleção natural que o cliente determina de acordo com suas necessidades”, pontua o Longo.

Lucro líquido do setor
Segundo o estudo, a média de lucro líquido dos supermercados gaúchos em 2017 foi de 1,8% sobre o faturamento total – ante 1,6% no ano de 2016. “Este número vem ao encontro da eficiência, redução de desperdícios e produtividade que o setor está buscando. Enxugar a operação não significa reduzir serviços, mas aprimorar os processos”, explica Longo.

Cartão de crédito perde espaço
Preocupados em fugir do endividamento, os consumidores gaúchos evitaram adiar os pagamentos e sobretudo parcelar suas compras em 2017.
Uma mudança substancial nos hábitos de compras dos clientes dos supermercados foi revelada, já que o cartão de crédito perdeu quase 3% das vendas. “100% dos supermercados gaúchos aceitam cartões ou outros meios eletrônicos de pagamento, que dão maior segurança para o consumidor e para as empresas. Hoje, o dinheiro representa apenas um terço das vendas”, percebe Longo.

Marca própria
Os produtos de marca própria ainda têm seu nicho de consumo no setor – 16,8% das empresas afirmaram trabalhar com estes itens (em 2016, o montante era de 14,7%).
Os consumidores podem encontrar 3,2 mil itens de marca própria nos supermercados gaúchos. As empresas que trabalham com itens de marca própria informaram que, em média, estes produtos representaram 1% do seu faturamento em 2017.

Domingos e essencialidades
Somente 17,6% das empresas supermercadistas não operam suas lojas em domingos, número similar ao de 2016 (16,3%). Abertura é uma deliberação de cada empresa, que precisa fazer suas contas e avaliar se vale a pena abrir aos domingos ou não. “Sempre lamentamos legislações municipais que determinavam o fechamento dos supermercados aos domingos, mas o setor obteve uma conquista importante nacionalmente, através da Associação Brasileira de Supermercados, com o reconhecimento da essencialidade da atividade supermercadista.
Oficialmente um serviço essencial, o supermercado agora pode abrir aos domingos em todo o Brasil”, destaca o dirigente.

Orgânicos crescem
Os produtos cresceram em representatividade, e já abrangem 1,41% do total de itens comercializados pelo setor. Em 2016, os orgânicos respondiam por 1,31%. “O consumidor está cada vez mais preocupado com sua saúde. Nas verduras, a participação de orgânicos chega a 8%”, destaca Longo.