Sistema treina e ensina novos truques a cachorros usando apenas vibração

2015-04-10_190211

Um cão israelense chamado Tai está aprendendo novos truques por meio de um colete vibratório, cujo sistema foi desenvolvido pela Universidade Ben-Gurion (BGU) e consiste em comandos enviados por meio de um controle remoto.
A princípio, Tai, um mestiço de labrador e pastor alemão de seis anos de idade, foi criado com a finalidade de ser um cão-guia, ou seja: prestar assistência a deficientes visuais. Entretanto, o plano foi por água abaixo, já que ele era distraído facilmente. Com a invenção do colete vibratório, Tai exerce plena concentração, respondendo melhor aos comandos de vibração do que aos comandos vocais.
O sistema desenvolvido pela universidade israelense pode apresentar muita relevância para situações em que o cão não se encontra no campo de visão do dono, como os cães militares ou os cães que participam de missões de busca e resgate. Por sua vez, esse estilo de comando não dispensa a possibilidade de pessoas com deficiência poderem se comunicar com um cão de assistência.

Como funciona?
O colete canino conta com quatro pequenos motores vibratórios, que foram posicionados sobre as costas e nas laterais; assim, o cão passa a ser treinado para ter reações às diferentes vibrações que são enviadas através do controle remoto. Por enquanto, Tai aprendeu a responder a alguns comandos simples como girar, deitar, recuar ou até mesmo voltar para o dono (ou quem estiver manuseando o controle remoto, no caso).
“Nossos resultados de pesquisa mostraram que os cães responderam a essas sugestões vibrotáteis até melhor do que comandos vocais”, afirma o professor Amir Shapiro, diretor do laboratório de robótica do departamento de engenharia mecânica da Universidade Ben-Gurion. “Nosso atual estudo mostra resultados promissores, que abrem o caminho para o uso de háptica para a comunicação canina-humana”, Shapiro completa.
Háptica é a tecnologia que usa o toque para controlar e interagir com os computadores. Vale ressaltar que o trabalho da Universidade Ben-Gurion chegou a ser apresentado na World Haptics Conference, realizada no Japão, no início de julho. A próxima proposta do projeto é experimentar os comandos em diferentes raças e idades de cães para ver as reações e fazer alterações para que o colete fique mais sofisticado. Fonte: Canaltech