Sindiágua/RS encontra-se com Lula e reforça a importância de manter a Corsan pública

2015-04-10_190211

 

O sindicato e Fórum em Defesa da Água entregam pauta nacional a Lula em encontro na quinta-feira, em Porto Alegre

 

O presidente do Sindiágua/RS, Arilson Wünsch e o representante do Fórum em Defesa da Água e do Saneamento, Felipe Mainardi, entregaram um documento contendo um resumo da pauta nacional do saneamento público no encontro com o pré-candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta quinta-feira, 2, em Porto Alegre.

“Elencamos prioridades do setor neste momento e sugerimos diretrizes políticas que possam ser incorporadas no plano de governo para uma próxima gestão nacional. Pedimos a revisão dos procedimentos para a regulação dos serviços públicos de saneamento básico, pautando o acesso universal físico e econômico a serviços de qualidade, seguros e sustentáveis”, resumiu Arilson Wünsch.

Manter a Corsan pública

 

O dirigente do Sindiágua/RS tratou ainda da iminência da venda da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e a importância de manter a empresa pública foi a preocupação destacada pelo Sindiágua. Wünsch informou sobre o grande ato “RS pela Água” marcado para 28 de junho, em Porto Alegre, para frear a tentativa do governo do estado de privatizar a Corsan, além do risco de outras empresas municipais, como o Dmae.

Na audiência, solicitaram a revogação da Lei 14026/2020, do novo marco regulatório do saneamento. Aprovada às pressas em meio à pandemia, sem participação social, força para entregar o setor do saneamento à exploração privada, fragilizando os municípios e atingindo a população mais vulnerável. “Assim como é fundamental revisar a reforma trabalhista, recolocar os pobres no orçamento, corrigir rumos em vários setores estratégicos, revisar e adequar a nova lei do saneamento também é prioridade”, completou Wünsch.

O documento que aponta para as prioridades no abastecimento de água e esgotamento sanitário com ênfase nas áreas com infraestrutura precária, manejo das águas pluviais frente aos desastres recentes, orientações na política de gestão dos resíduos sólidos e integração à política nacional do setor.

Os dirigentes reconheceram ao ex-presidente Lula os avanços construídos com participação e controle social no seu governo e de Dilma Rousseff, bem como a destruição de conquistas após o golpe de 2016 e na atual gestão nacional, acentuando a necessidade de retomar conselhos e fóruns para construção conjunta e transparente de políticas públicas.