Reajuste será o dobro da inflação projetada para 2025, segundo levantamento do setor educacional
As mensalidades das escolas particulares devem subir em média 9,8% em 2026, podendo chegar a 12,5% em alguns casos. O percentual é quase o dobro da inflação esperada para 2025, estimada em 4,8% pelo Banco Central, segundo pesquisa divulgada pela consultoria Rabbit, que ouviu 308 escolas particulares em várias regiões do país.
Aumento acima da inflação
O levantamento indica que as escolas menores, com até 80 alunos, terão reajuste médio de 8,4%, enquanto as maiores, com mais de 800 estudantes, devem aplicar aumento médio de 9,2%.
Em 2023, o aumento médio foi de 9,3%, e em 2024, de 9,5%. Agora, com os novos custos e investimentos pedagógicos, o reajuste médio sobe para 9,8%, superando novamente a inflação.
Os colégios devem divulgar os novos valores das mensalidades ainda no fim de setembro, quando ocorre a renovação de matrículas.
Fatores que explicam os reajustes
O cálculo das mensalidades considera três fatores principais:
- Inflação acumulada: chegou a 5,13% em 12 meses até agosto;
- Investimentos pedagógicos: programas bilíngues, projetos socioemocionais e novas tecnologias elevam os custos;
- Folha salarial: reajustes de professores e funcionários impactam diretamente os orçamentos escolares.
Especialistas em gestão educacional afirmam que o setor enfrenta o desafio de equilibrar qualidade de ensino, inovação e sustentabilidade financeira, sem afastar alunos por causa dos aumentos.
Impacto nas famílias
Com os reajustes, pais e responsáveis buscam estratégias para aliviar o peso no orçamento familiar. Algumas famílias antecipam pagamentos, outras negociam diretamente com as escolas ou mudam de instituição em busca de mensalidades mais acessíveis, sem abrir mão da qualidade do ensino.
O estudo revela que 70% das escolas estão mais endividadas do que antes da pandemia. Entre janeiro e abril de 2025, a inadimplência média variou entre 4,8% e 5,4%, chegando a 20% em algumas redes.
Negociações e bolsas de estudo
Economistas e educadores ressaltam que ainda há espaço para negociação. Famílias com mais de um filho matriculado ou alunos com bom desempenho podem conquistar descontos progressivos, isenção de reajuste ou parcelamentos especiais.
Outra opção é recorrer a bolsas de estudo, como as oferecidas pelo Educa Mais Brasil, que disponibiliza reduções de até 50% nas mensalidades em instituições privadas de todo o país.
O que esperar de 2026
O próximo ano letivo promete ser desafiador: de um lado, escolas pressionadas por custos crescentes; de outro, famílias que precisam equilibrar o orçamento em um cenário econômico incerto.
A organização financeira e o diálogo entre pais e escolas serão fundamentais para evitar inadimplência e manter o acesso à educação privada.
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Mensalidades escolares devem subir até 12,5% em 2026, o dobro da inflação prevista, segundo levantamento nacional.
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Pais analisam boletos e planilhas de gastos com mensalidades escolares para o ano letivo de 2026.
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