Com a greve do Samu, por falta de pagamento dos salários, Secretário de Saúde defende que o atendimento do serviço deveria ser descentralizado, sem a dependência de Porto Alegre
A greve do Samu atingiu mais de 490 municípios gaúchos, e em Bento Gonçalves não foi diferente. Após dois dias de expectativa, finalmente nesta quinta-feira,16, o sistema começou a voltar a funcionar normalmente. O Secretário de Saúde, Diogo Siqueira, no entanto, é enfático ao criticar a forma de atendimento realizada pela central de Porto Alegre. Para ele a solução para resolver o problema é descentralizando o sistema via Porto Alegre.
“O estado teria que dar mais autonomia para os municípios, este é o maior problema. O sistema do Samu tem que ser descentralizado. Desta forma conseguiríamos organizar melhor o município. Hoje apenas quatro cidades têm o sistema regulado via municipal”, afirma.
A crítica do secretário é justamente pelo fato de que com a greve generalizada a maioria das cidades ficaram sem saber o que fazer. A solução em Bento foi de fazer o atendimento com auxílio do corpo de bombeiros. “Ficamos sabendo extraoficialmente da greve na segunda-feira a noite por boatos de colegas. O pessoal de Porto Alegre mandou uma mensagem dizendo que entrariam em greve. Fomos atrás para confirmar, mas não tivemos confirmação oficial, quando fomos ver que o registro não estava funcionando, começamos a entrar em contato com corpo de bombeiros, BM, hospital, para começar a reorganizar o flux e fazer regularização inversa do Samu, não fazendo pela central da capital, mas pelo bombeiros. Isso fez com que não parássemos o serviço”, explica.