Restam sete leitos de UTI vagos em Bento Gonçalves

2015-04-10_190211

Mesmo com o aumento de casos no último mês, este não é o pior cenário enfrentado, no dia 13 de agosto a UTI estava com 94% dos leitos ocupados

 

O número de casos de Coronavírus em Bento continua crescendo. Segundo os dados do Monitoramento Covid-19 feito pelo Governo do Estado atualizados na quinta-feira, 10, são de 1.185 casos ativos ou suspeitos de infecção na cidade e 127 mortes.
O resultado do crescimento de infectados é um percentual de 84,4% das UTIs ocupadas. Destes 38 leitos ocupados (de 45 existentes) 90,9% são internações particulares e 78,3% públicas.
Procurado pela Gazeta, durante vários dias para explanar a estratégia de enfrentamento frente ao crescente aumento de casos de internação , o Hospital Tacchini não quis se manifestar sobre as medidas possíveis a adotar.
Lembrando que este percentual não é o pior cenário já enfrentado 94% de internações em UTI já foi atingido no dia 13 de agosto deste ano.
Diferentemente de quando houve uma disparada de novos casos, no início de maio, por causa da chegada de testes para Covid, quando os números não espelhavam os números reais, pelo acúmulo de resultados, hoje, com acompanhamentos diários, os números divulgados pelo Comitê são fiéis à realidade de Bento Gonçalves.

Óbitos de jovens
Uma adolescente de 15 anos foi a vítima de número 125 do coronavírus na cidade. Ela estava internada no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, foi diagnosticada com covid-19 em 10 de outubro e morreu no último dia 17. O Centro de Operações de Emergências da Saúde (COE), da Secretaria Estadual da Saúde, notificou o óbito nesta sexta-feira (4). A prefeitura de Bento informou que a paciente tinha comorbidades, mas não detalhou quais.
Essa é uma das vítimas mais jovens diagnosticadas com covid-19 na região. Até então, os pacientes mais novos tinham 24 anos e também eram moradores de Bento. Um deles morreu em maio e outro em julho. A cidade também já registrou, em maio, o caso de um bebê que nasceu prematuro, contraiu a doença e não sobreviveu.

Números da
serra Gaúcha,
pela Amesne
O presidente da Amense, José Carlos Breda apresentou, na quarta-feira, 9, os dados dos últimos nove meses na Serra. Um dos dados assustadores apresentados por Breda foi a taxa de 54% de óbitos em internações em UTI e apenas 46% de cura. Já nas internações em leito clínico, 15% foram a óbito, 85% se recuperaram.
Na opinião de Breda, os números altos de internações refletem uma estratégia para conter o número de mortes na Serra. ” Internar nos primeiros sintomas é fundamental para que o paciente se recupere. 43% dos pacientes da Serra internam depois do quinto dia após os primeiros sintomas. O percentual de cura é de 46% das pessoas que procuram após o quinto dia”, destacou o Presidente da Amesne
Normalmente, os sintomas do infectado são dor de garganta, febre e dor no corpo, e em alguns casos problemas respiratórios. Se você sentir os sintomas antes do quinto dia de contaminação, a chance de cura é 87%, se for só mais tarde, as chances diminuem para 47%.
O pacientes jovens que foram afetados e foram a óbito na serra gaúcha, na grande maioria, são pessoas obesas, essa é a comorbidade que tem mais prejudicado os jovens na hora de enfrentar o vírus.
Segundo Breda o tratamento precoce (kit covid) precisa ser entregue para todas as pessoas do grupo de risco.
“Na suspeita, já faça o isolamento por 72% para fazer o exame PCR. Um caminho alternativo é o antígeno, que é feito na hora e com o resultado em 5 minutos”.