“Quem vai pagar a conta final deste edital é a população”, diz presidente da CICs Serra

2015-04-10_190211

Presidente da CICs  Serra mobiliza lideranças e população para pressionar o Governo a rediscutir os termos do edital de concessões das rodovias da serra gaúcha, justificando que o formato escolhido, sem diálogo, vai beneficiar somente os cofres do Governo, Prefeituras e banco, caindo o ônus para os usuários

 

Governo Estadual do Rio Grande do Sul lançou, no dia 10 de janeiro de 2022, um edital de leilão para as concessões das rodovias da Serra Gaúcha. Segundo.
Elton Gialdi, que preside a associação dos Centros de Indústrias e Comércios da Serra Gaúcha, “não houve diálogo algum com a população. Na verdade estão empurrando pra cima da população este custo final.”
Para Gialdi “não existiu nenhuma tentativa, por parte do Governo Leite, de buscar um valor de pedágio adequado”.
Para o presidente da CICs Serra “o formato de concessão escolhido pelo Governo Leite onera, em muito, as concessionárias, que por sua vez repassarão os custos para o usuário”. baseado no teor do edital, Gialdi não vê tantos investimentos nas rodovias por parte das concessionárias, que justificasse estes valores.
“Com os moldes atuais, o leilão será muito favorável para as concessionárias, muito bom para o BNDES, que vai emprestar o dinheiro e vai ganhar bilhões com os juros e, por sua vez vai estar muito melhor para o Governo do Estado que terá o retorno em bilhões em ICMS, e Prefeituras, por sua vez, vão se beneficiar com os milhões recolhidos em ISS. No final das contas quem vai pagar tudo isto, nos moldes deste edital, é o usuário da rodovia”, argumenta Gialdi.
Para tanto a entidade está se mobilizando e convocando lideranças, entidades e população em geral, para participar de numa reunião no dia 9, às 13h30min, no Centro da Indústria e Comércio de Bento Gonçalves, para tentar sensibilizar o Governador a retirar o edital e voltar a discutir com a sociedade um modelo mais justo de edital.
“Nós queremos poder ter voz e não somente pagar a conta. Queremos poder discutir um modelo mais justo”, finaliza Elton Gialdi.