Projeto de renegociação de dívidas para pequenas empresas é vetado

2015-04-10_190211

Iniciativa havia sido aprovada pelo Senado em dezembro

A Presidência da República vetou integralmente nesta sexta-feira, 7, o projeto de lei que instituía o programa de renegociação de dívidas para micros e pequenas empresas. A inciativa havia sido aprovada pelo Senado em 16 de dezembro.

Para o veto, o governo alega “vício de inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público, pois o benefício fiscal implicaria em renúncia de receita, violando a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias 2021”. Para a decisão, foram ouvidos o Ministério da Economia e a Advocacia-Geral da União.

O Congresso tem trinta dias para apreciar o veto, a contar do protocolo do recebimento da mensagem e do início da sessão legislativa, em 2 de fevereiro. Decorrido esse prazo, o veto é incluído na ordem do dia e tranca a pauta até que haja deliberação. Para a derrubada do veto é necessária a maioria absoluta, ou seja, 257 votos de deputados e 41 votos de senadores, computados separadamente.

Batizado com a sigla Relp, o Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional concederia descontos sobre juros, multas e encargos proporcionalmente à queda de faturamento em plena pandemia de covid-19, no período de março a dezembro de 2020, em comparação com o período de março a dezembro de 2019. Empresas inativas no período também poderiam participar.

De acordo com o texto, poderiam ser parceladas quaisquer dívidas no âmbito do Simples Nacional, desde que o vencimento tivesse ocorrido até a competência do mês imediatamente anterior à entrada em vigor da futura lei.